domingo, 13 de abril de 2014

José Pedro Marques o o Mar-à-Tona 2014

MAR-A-TONA

Aconteceu no sábado passado, no Diana Bar, Póvoa de Varzim, mais um sarau poético MAR-A-TONA. Um sarau à tona das ondas do mar; e um sarau numa maratona de leitura e declamação de poemas. No baloiçar das ondas e numa corrida poética. Corrida mesmo; e mesmo em jeito de maratona, de tantos que eram os poetas e os poemas a serem lidos ou declamados.
Naquele mesmo espaço, parece-nos, começou o “correntes d’escritas” da Póvoa de Varzim. Iniciativa que hoje se tornou internacional e na qual se inscrevem e comparecem escritores que, também neste âmbito, internacionalizaram a Póvoa de Varzim. Iniciativa esta de “correntes d’escritas” que passou  a ser um espaço privilegiado de descoberta e promoção de escritores e consolidação de outros. Pessoalmente, nunca assistimos “ao vivo” a nenhuma destas edições; pela Rádio, isso fomos acompanhando ora em directo, ora em diferido.
Agora nestes “MAR-A-TONA” e para quem tem vindo a acompanhar as suas edições, constata-se que os seus poetas participantes vão engrossando, de forma activa a sua presença e participação. E não tarda muito, o Diana Bar irá ser pequeno para acolher tantos poetas. Por outro lado, estes saraus, de eminentemente lúdicos, vão já ganhando contornos de uma certo profissionalismo  cultural poético no seu perfil e na sua estrutura de poesia. Profissionalismo onde, porém, a seiva que o alimenta não é o dinheiro mas a carolice qualitativa e o desaguar do imaginário de cada poeta.


E também este sarau, fisicamente se internacionalizou ao termos na mesa da presidência a poetisa brasileira Ana Stoppa. Que a “nado” como referiu o Sepúlveda, atravessou o Atlântico. E dela e por ela foi também lido um seu poema. Esta Mesa da Presidência era constituída pelo José Sepúlveda; pela Dra Conceição Lima; pela Manuel Bulcão e pela Ana Stoppa. Nesta ordem para quem para a Mesa estivesse voltado. De não esquecer que “Solar dos Poetas” e “Conceição lima” passaram a constituir um binómio siamês. E José Sepúlveda foi o “deus-criador” deste universo novo. Conceição Lima, entretanto e pelo seu dinâmico apoio à poesia através do programa “HORA DA POESIA” na Rádio Vizela, passou a ser a “madrinha dos poetas”. Num reconhecimento carinhoso do apoio dado por ela aos poetas que o seu programa acolhe e divulga.


Neste MAR-A-TONA participaram mais de oitenta poetas. Quase todos presentes. Poucos falharam. Nestes poucos, uma consideração muito especial de carinho a uma poetisa dos Arcos de Valdevez. Que, e pelo que ouvimos do José Sepúlveda, tanto sonhou poder estar presente. No entanto, os seus limitados recursos económicos impediram-na de vir, uma vez que não conseguiu transporte de feição que lhe tivesse permitido realizar este sonho que para si iria ser tão lindo! Que sabe?... Talvez isso venha a ser possível para o ano que vem. Tu,  poetisa arcoense, não estiveste no MAR-A-TONA. Mas o MAR-A-TONA esteve contigo. Todos estes poemas deram lugar à ANTOLOGIAHERÓIS DO MAR”. Numa edição dos “poetas poveiros e amigos da Póvoa” concretizada pela empresa MODOCROMIA e com o apoio do “Solar dos poetas”.

Neste sarau, houve espaço para poetas “especiais”: por exemplo a poetisa Márcia com um poema seu lido por Conceição lima. E pelo feed-back à sua pessoa e presença chegados pelo facebook, ela respondeu assim: Márcia Filipa escreveu: "obrigada a todos por tornarem possível um sonho, obrigada ainda aos abraços e aos bons momentos que partilhamos, sem dúvida que "tudo vale a pena, se a alma não é pequena". Que este grupo seja sempre assim, não me importa o tamanho dele, mas sim a união que nele prevalece." DE um outro poeta “especial” neste caso porque invisual – o Leandro Amador – foi lido o seguinte poema


José Pedro Marques