MAR-A-TONA
Aconteceu
no sábado passado, no Diana Bar, Póvoa de Varzim, mais um sarau poético MAR-A-TONA. Um sarau à
tona das ondas do mar; e um sarau numa maratona de leitura e declamação de
poemas. No baloiçar das ondas e numa corrida poética. Corrida mesmo; e mesmo em
jeito de maratona, de tantos que eram os poetas e os poemas a serem lidos ou
declamados.
Naquele
mesmo espaço, parece-nos, começou o “correntes d’escritas” da Póvoa de Varzim.
Iniciativa que hoje se tornou internacional e na qual se inscrevem e comparecem
escritores que, também neste âmbito, internacionalizaram a Póvoa de Varzim.
Iniciativa esta de “correntes d’escritas” que passou a ser um espaço privilegiado de descoberta e
promoção de escritores e consolidação de outros. Pessoalmente, nunca assistimos
“ao vivo” a nenhuma destas edições; pela Rádio, isso fomos acompanhando ora em
directo, ora em diferido.
E
também este sarau, fisicamente se internacionalizou ao termos na mesa da
presidência a poetisa brasileira Ana Stoppa. Que a “nado” como referiu o
Sepúlveda, atravessou o Atlântico. E dela e por ela foi também lido um seu
poema. Esta Mesa da Presidência era constituída pelo José Sepúlveda; pela Dra
Conceição Lima; pela Manuel Bulcão e pela Ana Stoppa. Nesta ordem para quem
para a Mesa estivesse voltado. De não esquecer que “Solar dos Poetas” e
“Conceição lima” passaram a constituir um binómio siamês. E José Sepúlveda foi
o “deus-criador” deste universo novo. Conceição Lima, entretanto e pelo seu
dinâmico apoio à poesia através do programa “HORA DA POESIA” na Rádio
Vizela, passou a ser a “madrinha dos poetas”. Num reconhecimento carinhoso do
apoio dado por ela aos poetas que o seu programa acolhe e divulga.
Neste
MAR-A-TONA participaram
mais de oitenta poetas. Quase todos presentes. Poucos falharam. Nestes poucos,
uma consideração muito especial de carinho a uma poetisa dos Arcos de Valdevez.
Que, e pelo que ouvimos do José Sepúlveda, tanto sonhou poder estar presente.
No entanto, os seus limitados recursos económicos impediram-na de vir, uma vez
que não conseguiu transporte de feição que lhe tivesse permitido realizar este
sonho que para si iria ser tão lindo! Que sabe?... Talvez isso venha a ser possível
para o ano que vem. Tu, poetisa
arcoense, não estiveste no MAR-A-TONA. Mas o MAR-A-TONA esteve
contigo. Todos estes poemas deram lugar à ANTOLOGIA “HERÓIS DO MAR”. Numa edição
dos “poetas poveiros e amigos da Póvoa” concretizada pela empresa MODOCROMIA e com o apoio
do “Solar dos poetas”.
José Pedro Marques