Entrevistas Divulga Escritor

 ENTREVISTAS DO DIVULGA ESCRITOR

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Teresa Gonçalves nasceu na cidade do Porto, freguesia de Mira-Gaia- Portugal. A sua infância e parte da sua juventude foi passada em S. Mamede Infesta onde viveu até aos dezoito anos. Em 1970 foi viver para Moçambique donde voltou em Outubro de 1974. No ano de 1975 foi para o México, regressando no final do mesmo ano. Vive na cidade da Maia desde 1982.

“Acredito que existe um cordão que une todos os seres ao Universo. Um cordão invisível aos olhos da matéria, contudo, visível no sentir, na energia transmissível do pensamento e dos atos. Acredito nas leis Universais do retorno e compensação. A humanidade deveria estar mais atenta aos sinais da Natureza. “

Boa Leitura!

SMC - Prezada escritora Teresa Gonçalves, para nós é um prazer contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos como teve inicio seu gosto pela escrita? Em que momento decidiu publicar seu primeiro livro?

Teresa Gonçalves - Comecei a escrever muito cedo. Gostava muito de ler e fui incentivada pela minha professora primária D.Cecília. Com 8 anos li « As Pupilas do Sr. Reitor» do Júlio Dinís. Guardo essa grata recordação, pois, em minha casa não existiam livros e esse foi-me emprestado por ela. O primeiro dos muitos que li. O gosto pela escrita iniciou-se por essa altura, porém, não foi possível dar seguimento ao que eu mais gostava de fazer: escrever. Devido às dificuldades financeiras fui obrigada a deixar de estudar para ajudar a minha mãe, viúva, com três filhos para criar. Frequentei o 5º ano do Liceu e fiquei por aí.
Nunca pensei em publicar. Dizia a brincar, quando alguém me perguntava, que os meus escritos seriam publicados a título póstumo. A oportunidade surgiu num dia em que fui convidada a dizer poesia na Junta de Freguesia de Paranhos ( cidade do Porto). O Dr. Júlio Couto ouviu e interessou-se pelos meus escritos. Começou a divulgar a minha poesia através da declamação na Rádio Lidador ( Maia) e um editor procurou saber quem eu era e fez-me a proposta para a edição do meu primeiro livro « Olhar Interior».

SMC - Como surgiu a ideia de escrever seu livro “Painel Multicor”? Ao iniciar a escrita você já tinha planos para publicar o volume I e Volume II ou a necessidade surgiu no decorrer da escrita do primeiro volume?

Teresa Gonçalves - Sinceramente não! Não tinha. Ao longo dos anos fui guardando em pastas tudo o que escrevia. Após ter sido editado (com sucesso) o primeiro livro a mesma editora procurou saber se eu tinha mais obra o que deu origem ao «Painel Multicor» . Era para ter sido um só livro de poesia e prosa. Devido ao volume de páginas foi dividido. Não ouve um plano antecipado. Na década de 90 a convite do diretor do Jornal da Maia, comecei a publicar artigos e poesia no jornal.

SMC - Que temas abordas em seu livro de contos “Vidas em Fragmentos”?

Teresa Gonçalves - Várias histórias de vida inspiradas em factos verídicos. Alterei os nomes das personagens com conhecimento e autorização das mesmas. Cruzei quase todas as histórias excepto quatro que fazem parte do mesmo livro. Essas ficaram em contos individuais. Assim, o enredo do primeiro conto tornava-se mais misterioso e cativava o interesse do leitor para seguir a leitura do livro até ao fim.

SMC - Que temas você aborda em seus livros de poesias? O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas?

Teresa Gonçalves - A minha grande inspiração é a natureza. Seja a natureza mãe, seja a humana e também, a realidade e o sonho. Preocupa-me os problemas ambientais e sociais. Quando escrevo sobre o sonho, é como eu gostava que o mundo e a vida fossem . Iguais ao mundo onírico. Sem maldade e egoísmos. A poesia tem de me sair espontânea de dentro da alma. Um poema sem alma é como uma casa sem tecto. Não consigo fazer poesia por encomenda.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Teresa Gonçalves - Todo o público mas se for jovem, sinto-me mais feliz. Estimular a juventude à leitura e à escrita. Sempre que me é possível aceito os convites das escolas para falar sobre poesia e dizer. Muitos são os que se oferecem para a ler o que para mim, é gratificante. Acredito que existe um cordão que une todos os seres ao Universo. Um cordão invisível aos olhos da matéria, contudo, visível no sentir, na energia transmissível do pensamento e dos atos. Acredito nas leis Universais do retorno e compensação. A humanidade deveria estar mais atenta aos sinais da Natureza.

SMC - Onde podemos comprar seus livros?

Teresa Gonçalves - Livrarias Apolo Setenta( Lisboa) Unicep ( Porto ), livrarias on line Bertrand, Wook Porto Editora e no sitio – loja da edium.

SMC - Quais seus próximos projetos literários?

Teresa Gonçalves - Tenho em mãos um romance, um conto infantil e um livro de poesia. O romance baseia-se no percurso de vida de uma jovem estagiária em arquitetura sendo uma trama de amor e suspense. Prevejo o seu lançamento durante o próximo ano. No conto infantil quis transmitir valores hoje considerados fora de uso ou de menor importância. Fui contactada por mais um editor para a sua edição. Como não possuo referências credíveis da editora, recusei. Prefiro esperar outra oportunidade. Não tenho pressa, até porque a situação financeira dos portugueses está péssima. Com a crise econômica têm prioridades. O livro de poesia é a expressão das várias formas do amor e não tenho data prevista para o nascimento deste filho do espírito.

SMC - Quem é a escritora Teresa Gonçalves? Quais seus principais hobbies?

Teresa Gonçalves - Acima de tudo, sou uma mulher, mãe, amiga dos meus amigos, que amo exprimir no papel os sentimentos que me rodeiam e sinto profundamente. Na minha simplicidade, valorizo a amizade, a lealdade, a generosidade, a franqueza e o dar-mo-nos respeitosamente. Os meus hobbies são a jardinagem, leitura e a divulgação da poesia de vários autores.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

Teresa Gonçalves - Mais apoio aos autores pouco conhecidos, através da comunicação social (rádio, televisão, etc.), Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias e Organismos Oficiais.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Teresa Gonçalves, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Teresa Gonçalves - A mensagem que deixo para os leitores é a mesma que tenho no meu livro Pleno Verbo: « A escada da vida não tem corrimão mas, em cada degrau, existe um livro onde te podes apoiar».

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Manuela Matos

Natural de Vila Real, Manuela Matos cedo saiu da sua terra para demandar outras paragens. Frequentou o curso de Filosofia, de que desistiu para enveredar pelo desempenho de uma profissão. Atualmente reside em Mafamude – Vila Nova de Gaia. Leitora assídua de obras poéticas, tem reforçado esse gosto pela imersão em vários momentos onde a poesia é o mote, participando em tertúlias, sessões de leitura e apresentação de obras, até que um dia optou também por “saltar” para o lado de lá da obra, o de autora, publicando em março de 2010 o livro "PEDAÇOS DE LUA". É um volume com 90 páginas, onde Manuela Matos demonstra os seus inspirados dotes poéticos. Privilegiando a poesia livre, a autora também faz incursões pelo soneto, versificando sobre temática variada. A sua alma sensível e criativa liberta-se nestas páginas, partilhando com os leitores o seu sentir, a sua visão poética, os seus pedaços de lua.

“Nossas palavras são mais poderosas do que imaginamos. Podemos influenciar alguém a seguir seus sonhos ou a desistir deles. Esse é um poder que todos temos sobre aqueles que amamos - O poder de auxiliar ou de magoar - O poder das palavras.”

Boa Leitura!

SMC - Escritora Manuela Matos, para nós é um prazer poder contar com sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos quem é a escritora Manuela Matos, além de escrever quais são seus hobbies?

MANUELA MATOS - Obrigada Shirley, eu também agradeço pela oportunidade que me deu ao conceder-me esta entrevista.
Trabalho como administrativa numa empresa já à alguns anos. Gosto de tudo o que seja calmo, como caminhar junto ao mar e ouvir os sons da natureza numa noite quente de verão. Gosto também de conviver, mas não sou adepta de confusões. Prefiro receber pessoas amigas em ambientes familiares.
Desde a minha infância sempre apreciei a leitura. Costumava ir à biblioteca requisitar livros e raramente dormia sem ter chegado ao último capítulo. Muitas vezes o meu pai desligava-me a luz, então, para que ele não desse conta, ia para a janela do meu quarto ler à luz da lua. Penso que herdei dele, tanto o gosto de ler como de escrever, mas não me considero propriamente uma escritora, eu diria antes uma sonhadora...

SMC - Quando surgiu a ideia de publicar o livro e porquê este título “ A Lua em Pedaços”?

MANUELA MATOS - Ao longo da minha vida sempre escrevi, dando preferência à poesia, mas a ideia de publicar o livro surgiu quando em setembro de 2009, a convite de uma amiga, também autora, participei no IX Encontro Nacional de Poetas no Gerês. Nesse encontro conheci um escritor e jornalista Dr. Altino Cardoso que após ler alguns textos me incentivou a editar o livro. Conheci também um dos organizadores do evento, o poeta Jorge Vieira, grande dinamizador da poesia na cidade do Porto, que me encaminhou para a editora. Consegui alguns patrocínios e, seis meses depois foi o lançamento na Junta de Freguesia de Mafamude – Vila Nova de Gaia.
Em relação ao título, foi muito simples... A lua em pedaços que é também título de um dos poemas, pode simbolizar a nossa vida em fragmentos. Cada pedaço pode ser reciclado, encaixado, utilizado, mas para isso é necessário juntar todos os pedacinhos que aparentemente já não servem para nada e dar-lhes uma forma harmoniosa e atrativa! (Fragmentos, estilhaços/ Espalhados pelo chão,/ Pedaços de lua no meu coração,/ Pedaços de mim... (…) Vou perfumar cada pedaço/ Com aroma de alfazema/ E aspirar o suave néctar/ Antes que o sol acorde/ E estrague o poema!...)

SMC - Quais, escritores, são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?

MANUELA MATOS - Rosa Lobato Faria, Manuel Alegre, Sophia de Mello Bryner, Florbela Espanca, Miguel Torga, David Mourão Ferreira, José Régio, Eugénio de Andrade, Paulo Coelho, Fernanda de Castro, entre outros.
Cada autor tem o seu próprio estilo, mas o poeta de certa forma é uma “esponja” que absorve mesmo que inconscientemente o estilo e a forma de escrever de outros poetas. Quanto mais leio mais desejo sinto em escrever.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

MANUELA MATOS - Todo o público em geral. Preocupo-me com os outros, com a injustiça e com o mal que acontece à nossa volta; por isso mesmo, a minha necessidade de fuga de evasão e de refúgio na poesia, onde de certo modo deixo soltar as palavras e as emoções. Quando se escreve o que nos vai na alma, conseguimos transmitir de uma forma mais pura e objetiva todo o sentimento que nos move. Para mim escrever é uma terapia, pois deixo a minha mente vaguear e dessa forma quase que me abstraio de tudo o que me rodeia.
Nossas palavras são mais poderosas do que imaginamos. Podemos influenciar alguém a seguir seus sonhos ou a desistir deles. Esse é um poder que todos temos sobre aqueles que amamos - O poder de auxiliar ou de magoar - O poder das palavras. Quero usar meu poder para encorajar as pessoas. Um livro depois de editado já não é nosso, é do público, é de toda a gente!

SMC - Que temas você aborda em seu livro “Pedaços de Lua”?

MANUELA MATOS - De tudo um pouco: saudade, nostalgia, esperança, poemas de intervenção, Deus e o infinito. Realça em toda a obra uma constante ”fuga” de um mundo em conflito onde proliferam injustiças sociais, (cujas principais vítimas são as crianças e os idosos), para algo melhor, algo que todo o ser humano deseja.
Um dos poemas com o título Do Outro Lado da Rua, fala disso mesmo e foi incluído no livro “Camas de Papelão” de Álvaro Bastos, que lidera um projeto de apoio aos sem-abrigo do qual também faço parte.
DO OUTRO LADO DA RUA

Do outro lado da rua
Há meninos com olhos rasgados
Há mães com olhos molhados
Há gente com sonhos frustrados...
Do outro lado da rua
Há tristeza e solidão
Há famílias sem pão
Há vozes que gritam
E há vozes que calam...
Tanta coisa acontece
Do outro lado da rua!
Há pessoas que cantam chorando
Há outros que choram cantando
Há multidões que adormecem sofrendo...
Do outro lado da rua
Podia ser a minha vida e a tua!
Ali do outro lado
Onde há braços cansados
Planos adiados
E seres humanos à espera
De serem amados...

SMC - Que meios utiliza para a divulgação dos seus poemas?
MANUELA MATOS - Para divulgação dos meus poemas, costumo participar em vários eventos, nomeadamente no Encontro de Poetas no Gerês que é anual, no Clube de Avós e Poetas, na Casa da Cultura em Vila Nova de Gaia, mais conhecida por Casa Barbot. Estive também na Feira do Livro em Ermesinde e no Porto. Escrevo ainda nos sites Escritartes, Luso-Poemas e Solar de Poetas.
SMC - Quais seus próximos projetos literários?
MANUELA MATOS - Continuar a colaborar nas antologias e “ganhar coragem” para a edição do próximo livro que praticamente já está escrito. Falta acertar os pormenores com a Editora, e talvez saia no início do próximo ano.
SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
MANUELA MATOS - Esteve à venda na Fnac em Santa Catarina no Porto, de momento só através da www.bertrand.pt, www.wook.pt ou pedindo para o meu email: neliaxp@hotmail.com

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

MANUELA MATOS - Não fica barato publicar um livro. Atualmente com o auxílio da internet e o apoio de diversos sites e redes sociais está um pouco mais simplificado. Também é possível publicar na Bubok a um preço muito acessível. Em média em Portugal são editados cerca de 40 livros por dia, mesmo assim há sempre algo a melhorar. Eu diria aos editores que invistam em quem realmente tem talento suportando parte dos encargos, implementando desse modo bons autores.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Manuela Matos, que mensagem você deixa para nossos leitores?

MANUELA MATOS - Shirley, quero desejar muitas felicidades para este projeto. É uma forma simpática de divulgar quem realmente gosta de escrever chegando a um público que está fora do nosso alcance. Como mensagem final, gostaria de deixar um apelo: exercitem o gosto pela leitura, pois um país só evolui quando as pessoas se cultivam, e finalmente, nunca desistam dos vossos sonhos. Como diz o poeta António Gedeão na sua “Pedra Filosofal”, o sonho comanda a vida… e sempre que um homem sonha, o mundo pula e avança…

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Armindo Loureiro

Armindo Loureiro (Nome por que gosta de ser tratado e também é conhecido), de seu nome completo Armindo Manuel Soares Pinto Loureiro, natural de São Nicolau/Marco de Canaveses/Porto/Portugal, onde nasceu a 10 de Agosto de 1950. É Aposentado da Função Pública e actualmente é dirigente da Confraria do Anho Assado com Arroz de Forno de Marco de Canaveses (Vice-Chanceler) e da Associação de Ex-Combatentes da Guerra do Ultramar (Presidente do Conselho Superior) e ex-dirigente de diversas associações de base da sua terra, é ainda e para já, o actual Presidente da Junta de Freguesia de Tuías, cargo que abandonará nas próximas eleições para dedicar mais tempo àquilo que é o seu gosto primordial… A Poesia!

“Para que o Mercado Literário possa ser melhorado há necessidade de os mídia darem uma maior cobertura aos eventos relacionados com a apresentação de novos livros e novos autores… Sem isso, parece-me que o mercado livreiro, irá continuar com todas as dificuldades que se lhe reconhecem.”

Boa Leitura!

SMC - Escritor Armindo Loureiro para nós é um prazer poder contar com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o incentivou a iniciar a escrita? Qual a sensação de ter seu primeiro livro em mãos?

Armindo Loureiro - O prazer é todo meu. O incentivo à escrita partiu de meu falecido pai que, para além de Poeta Popular, era Maestro… Desde tenra idade que me dediquei a ler tudo quanto vinha parar às minhas mãos! Frequentei duas Bibliotecas, a Municipal (Fixa) e a da Fundação Calouste Gulbenkian (Itinerante) que me possibilitaram uma leitura assaz deveras importante, para que eu, hoje, tenha a bagagem que me é reconhecida. Quando tinha aí cerca de 20 anos apresentei umas quadras a meu pai e ele disse-me de pronto:
- Olha lá… Isso não tem métrica!
E eu, de pronto, lhe respondi:
- Pai, eu não escrevo com métrica… Eu escrevo a metro!
Em Setembro de 2009 comecei a Frequentar o Curso de Direito, Na Universidade Lusíada do Porto e em meados de 2010 com 7 cadeiras feitas, lembrei-me de pedir a minha admissão ao Facebook e, a partir desse momento lá se foi o Curso, por água abaixo, se, no primeiro ano (sem Facebook) completei sete Cadeiras do Curso, a partir daí (e com Facebook) foi sempre a descer … Comecei a escrever poesia, primeiro na minha página pessoal e, passado algum tempo, em alguns Grupos… Nos comentários que iam fazendo aos meus poemas algumas das pessoas ligadas ao mundo da poesia, foram-me incentivando para fazer mais e melhor e para escrever um livro com as minhas poesias… A determinado momento o Escritor Miguel Almeida, um dos consagrados da literatura portuguesa, convidou-me para fazer parte de uma Coletânea que ele iria coordenar e assim, nasceu o primeiro livro com intervenção minha (8 poemas) juntamente com mais 29 pessoas que até ali jamais tinham publicado o que quer que fosse.
No momento da sua apresentação (Palavras Nossas – Volume 1) fiquei deslumbrado com a aceitação que a minha poesia teve e logo, pensei em escrever um livro de poesia a solo…
Foi assim que surgiu o “Rio de Palavras”, que foi apresentado na minha Cidade natal (Marco de Canaveses) em 25 de Abril de 2012.
Aqui não posso esquecer os incentivos que me foram dados pelos poetas José Carlos Moutinho e Francis Ferreira, amigos que sempre me disseram que a minha poesia tinha qualidade…
Agora, passado todo este tempo, já não tremo perante ninguém a ler poemas meus a sensação é totalmente diferente daquela que tive na primeira apresentação.

SMC- Conte-nos o que o motivou a publicar seu livro “Rio de Palavras”? Que temas abordas em seu livro?

Armindo Loureiro - Os amigos, nas Tertúlias Poéticas, que frequentava amiudadamente, diziam-me que eu tinha belos poemas e que era bonito vê-los publicados em Livro e foi assim que o “Rio de Palavras” surgiu.
É um livro onde imperam as Quadras e os poemas divergem nos seus temas… O Ar, a Terra, o Mar, a Vida, o amor, etc., etc..

SMC - Por que o titulo “Rio de Palavras”?

Armindo Loureiro - Rio de Palavras, porque considero, que a minha poesia é um rio composto por muitas palavras as quais, têm a beleza das águas e eu faço parte de uma localidade onde imperam os rios e a serra… Marco de Canaveses “Entre o Tâmega e o Douro, onde começa o Marão”!

SMC - Que temas você aborta em sua escrita? O que mais lhe inspira a escrever sobre estes temas?

Armindo Loureiro - Na minha escrita abordo com alguma incidência temas relacionados com o amor mas, contudo, não descuro outros temas… Sou confrontado assiduamente, para fazer poemas em relação a motes que me são fornecidos naquele momento, Considero-me e consideram-me um “Repentista” já que, a poesia está de tal forma impregnada em mim que, os versos saem em catadupa.
Talvez o romantismo que hoje transpiro na poesia que faço tenha tido origem no ter acompanhado de perto cantores como Francisco José ou Tony de Matos… O meu ouvido habituou-se a esse tipo de poemas-cantados… E bem por esses artistas!

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

Armindo Loureiro - Gostaria que as crianças fossem mais direcionadas para o campo das letras e que a poesia de alguns dos nossos consagrados autores fosse lida e interpretada em todos os níveis de ensino… Ao mesmo tempo gostaria que toda a gente tivesse um pouco do seu tempo de lazer para dedicar à leitura pois, os neurónios ficar-lhe-iam agradecidos.

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar um novo livro?

Armindo Loureiro - Tenho vários projetos em carteira e, para além dos dois livros atrás indicados também, participei em mais três coletâneas… Mãe (1 poema); Palavras de Cristal (3 poemas); e Erotismus (8 poemas)… Neste momento está para sair um livro de poemas da minha autoria, cuja responsabilidade será da CerciMarco já que, lhe ofereci 100 poemas com temas de variada natureza e só estou a aguardar que uma amiga minha faça o necessário Prefácio para o entregar à Editora…

SMC - Escritor Armindo Loureiro, conte-nos como se sentiu ao receber as menções honrosas do grupo Solar de Poetas?

Armindo Loureiro - É com muita satisfação que o digo aqui… Fiquei maravilhado com as Menções que me foram atribuídas não só pelo grupo Solar de Poetas como também, pelo grupo Graffitis del Alma, com sede em Caracas – Venezuela.

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?

Armindo Loureiro - O meu livro “Rio de Palavras” só pode ser comprado à minha pessoa, já que é uma edição de autor. O meu contacto é o do Face… Armindo Loureiro! As pessoas por mensagem privada, pedem-me o livro, e eu dir-lhe-ei as condições de venda do mesmo. Neste momento o preço base é de 12 euros aos quais terei que acrescentar o custo do envio.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

Armindo Loureiro - Para que o Mercado Literário possa ser melhorado há necessidade de os mídia darem uma maior cobertura aos eventos relacionados com a apresentação de novos livros e novos autores… Sem isso, parece-me que o mercado livreiro, irá continuar com todas as dificuldades que se lhe reconhecem.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Armindo Loureiro, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Armindo Loureiro - Eu é que agradeço ao Projeto Divulga Escritor a disponibilidade para possibilitarem que eu tenha podido dizer o que me vai na alma em relação a muitas coisas que vão mal, pelo menos em Portugal, em aspetos literários…
Gostaria, que os vindouros tivessem outra apetência pela literatura e que os Governos facilitassem mais os autores.

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Hoje faz 6 anos que a escritora Amy Dine vivenciou um milagre em sua famillia, Deus seja louvado por isso, vamos comemorar divulgando um pouco mais desta emocionante história de vida. Escritora Amy Dine, Parabéns por tão belo trabalho.

Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Amy Dine Ana Maria Dine Falcão Sincer e Sepulveda,nasceu em Lisboa a 11 de Novembro de 1951.Desde muito pequena sua Mãe lhe ensinava pequenos poemas para dizer nas festas do Jardim escola .Mais tarde continuou a fazê-lo por si nas festas da Igreja e quando por volta dos 12 anos no liceu teve contacto com trabalhos de escritores e poetas portugueses começou como todos os joverns a ensaiar seus primeiros trabalhos poéticos.Aos 18 anos começou a lécionar Francês,Ciencias Naturais e Desenho.De regresso a Portugal conheceu José Luis Correia Sepulveda com quem casou.Fez então um longo interrégno afim de tomar conta dos 3 filhos.Mais tarde trabalhou num ATL e depois como Ajudante de LAR.Em 2011 integrou o Grupo de Poetas Póveiros e amigos da Póvoa e faz parte do Solar de Poetas desde 2012 como Administradora. “Logo desde os primeiros dias em que soube que meu filho estava por assim dizer “ condenado á morte”eu coloquei em meu coração relatar ponto por ponto todos os factos, fossem tristes ou alegres, fosse qual fosse o desfecho …pois como crente sincera acredito que DEUS dirije nossas vidas se Lho permitirmos. Este livro é pois um testemunho do poder de DEUS.” Boa Leitura! SMC - Escritora Amy Dine é um prazer ter você conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos escritora Ana Maria Dine Falcão Sincer e Sepúlveda como foi a escolha do nome artístico Amy Dine? Amy Dine - Estimada amiga e excelente Jornalista Shirley Cavalcante, foi com enorme surpresa que me vi eleita por si para uma entrevista.Por favor não me chame de escritora,pois não me considero tal.Quanto a meu nome artístico : Amy vem de um diminutivo de meu nome próprio Ana Maria e Dine é mesmo o meu apelido e tem sua origem numa aldeia de Trás-os-Montes da qual é oriunda minha família. SMC - Você hoje tem um livro publicado “ O Toque de Sua Mão”, um livro que é um testemunho de um fato real, como foi escrever este livro? Vi que você cita datas e acontecimentos precisos que aconteceram naquela data. Você o escrevia enquanto vivia aqueles momentos? Amy Dine - Na realidade escrevi esse livro, “O Toque de Sua Mão” logo após meu filho do meio ter sido curado milagrosamente de um Linfoma grau 4. Só nessa ocasião tive tempo e disposição para compilar todos os elementos que reunira durante um ano e então relatar os factos tais como ocorreram. Fazê-lo foi para mim emocionante e gratificante. Ao longo dos meses de doença e tratamento eu tomei nota de tudo o que se estava passando. SMC - Este livro é muito emocionante, eu mesma me emocionei em vários momentos ao lê-lo. Amy em que momento você pensou vou publicar um livro? O que a motivou a tomar esta decisão? Amy Dine - Logo desde os primeiros dias em que soube que meu filho estava por assim dizer “condenado á morte” eu coloquei em meu coração relatar ponto por ponto todos os factos, fossem tristes ou alegres, fosse qual fosse o desfecho …pois como crente sincera acredito que DEUS dirije nossas vidas se Lho permitirmos. Este livro é pois um testemunho do poder de DEUS. SMC - Hoje você escreve poesias, em que momento surgiu a poeta Amy Dine? Amy Dine - Na realidade nestes últimos dois anos e meio integrei o Grupo de Poetas Póveiros e amigos da Póvoa e também o Solar de poetas há cerca de ano e meio e como tal o ”bichinho” da poesia vai – se desenvolvendo e ganhando forma, contudo já desde os meus 12 anos, quando comecei a estudar a literatura portuguesa fiquei fascinada pelos poetas e suas obras literárias e como quase todos os jovens comecei também os meus ensaios poéticos. SMC - O que mais lhe inspira a escrever? Amy Dine - Os temas dos meus poemas são muito variados: amor, natureza, DEUS, família, etc. SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas? Amy Dine - Os poemas faço-os por puro prazer e fico feliz quando as pessoas que os ouvem ou lêem me dizem que gostaram. Quanto ao livro “O Toque de Sua Mão” pretendi apenas que todos os que o lessem soubessem que mesmo em meio á angustia e dor existe DEUS a quem podemos recorrer e que nunca nos abandonará. SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Amy Dine - Alguns de meus poemas fazem parte da Antologia dos Poetas Póveiros e amigos da Póvoa. Tenho tambem um blog: amydine.blogspot.com Quanto ao outro livro,foi feita uma edição de 1500 exemplares que está esgotada e neste momento não é ainda o tempo oportuno de avançar com uma nova edição uma vez que o livro não foi editado para fins comerciais . SMC - Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades?
Amy Dine - O preço que os autores têm de pagar pelos mesmos e depois o terem ainda de por sua conta e risco tentarem organizar eventos para os colocar e dar a conhecer ao publico.
As editoras deveriam ter acordos mais aliciantes com os escritores e elas próprias criarem as condições necessárias para a divulgação dos livros promovendo eventos para os quais convidariam publico interessado de acordo com os temas dos livros a apresentar. SMC - Onde podemos comprar o seu livro? Amy Dine - Neste momento apenas me restam 30 exemplares dos quais poderei ceder alguns. Se alguém estiver interessado poderá contactar-me através do email: ana.sepulveda.uspv@gmail.com SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a escritora Amy Dine, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Amy Dine - Gostaria de dizer que por maiores que sejam as dificuldades da vida jamais desistam de lutar nem deixem de sonhar; mas não percorram sozinhos a estrada da vida… com DEUS a jornada é mais leve.
Muito grata por esta oportunidade e pelo carinho e consideração demonstrados para comigo e meus humildes trabalhos. Que DEUS sempre a abençoe e guie, amiga Shirley.
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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Cristina Pereira

Escritora Cristina Maria Martinho Pereira, mora em Vila Real, Portugal, se interessa desde muito nova pela escrita e pela literatura em geral. Adora escrever poesia e prosa tanto para adultos como para crianças e jovens. Escreve de tudo um pouco, mas tem sido a poesia para adultos que tem ocupado mais, ultimamente, o seu tempo. Atualmente é professora do 1º Ciclo do Ensino Básico, possui Bacharelato em Educadores de Infância e um Mestrado em Literatura Portuguesa - Especialização em Literatura Infanto-Juvenil. Todos os seus estudos e diplomas foram feitos na U.T.A.D. aqui em Vila Real.

“Devemos incentivar, sempre, as crianças para a leitura de boas obras literárias para a sua faixa etária e, assim, criar nelas, desde logo, o “bichinho” pelas letras, pela palavra escrita. Com isto, estaremos a desenvolver cada vez mais o gosto pela leitura, mas também o desenvolvimento do saber a todos os níveis. Creio que o futuro passa sempre pelas crianças. Elas são o primeiro elo de ligação e a base de toda a construção do saber futuro.”

Boa Leitura!

SMC - Escritora Cristina Pereira para nós é um prazer tê-la conosco no projeto “Divulga Escritor”, conte-nos quem é a escritora Cristina Pereira? Quais seus principais hobbies?
CRISTINA PEREIRA - Em primeiro lugar, quero agradecer esta portunidade trazida até nós pelo Grupo “Solar dos Poetas” e a si pelo seu interesse em divulgar novos escritores. Desde criança, a minha grande paixão foi a leitura. A partir daí, desenvolvi o gosto pela escrita e são essas as duas grandes paixões que mantenho até hoje.

SMC - Que tipos de textos você escreve? Que temas você aborda?
CRISTINA PEREIRA - Gosto de escrever de tudo um pouco. Prosa e poesia. Os temas que abordo são, frequentemente, o amor. Mas, deixo guiar a minha “pena literária” por tudo o que me inspira diariamente e que sinto necessidade de escrever; “deitar cá para fora” o que me vai dentro, na alma. É, basicamente, isso.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
CRISTINA PEREIRA - Gosto de escrever tanto para crianças e jovens como para um público mais adulto. No que diz respeito às crianças e jovens procuro que o que escrevo vá ao encontro daquilo que são as suas vivências e os seus gostos. Tento passar uma mensagem de alegria, sonho, fantasia, tentando incutir, também, bons valores e princípios morais. Para os adultos, a liberdade de expressar os meus pensamentos/sentimentos é maior. Aí dou largas à minha criatividade, sem tabus, apenas no anseio de partilhar com os outros o que sinto dentro de mim.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora?
CRISTINA PEREIRA - Tenho muitas referências literárias. O escritor que mais me marcou até hoje foi Eça de Queirós. Comecei a ler as suas obras muito cedo, com 10 anos e isso marcou-me para sempre. A minha tese de mestrado é acerca dele e da sua ligação com o mundo e a Literatura Infantil, o que muita gente desconhece. Sempre li de tudo um pouco, desde escritores portugeses a autores estrangeiros. Outra escritora que para mim é uma referência é a poetisa Florbela Espanca. Depois, adoro Fernando Pessoa, Miguel Torga, Camilo Castelo Branco, Adolfo Coelho, Inês Pedrosa, José Luís Peixoto, Luísa Ducla Soares, Vergílo Ferreira, Emílio Miranda, António Pires Cabral e tantos, tantos outros.

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? Como o leitor, que desejar, deve fazer para entrar em contato com você?
CRISTINA PEREIRA - Tenho em mãos um contrato com uma editora nacional para publicar, ainda este ano, um livro de poesia. Para além disso, publico na minha página do facebook e nos muitos grupos de literatura (prosa e poesia) de que sou membro. Quem desejar contatar-me através do meu e-mal pode fazê-lo através do seguinte endereço: cristinamartinho20@hotmail.com

SMC - Cristina, conte-nos de que forma você concilia as atividades profissionais, familiares com a escrita?
CRISTINA PEREIRA - Tenho estado em situação de Junta Médica durante estes dois últimos anos letivos por motivos relacionados com um grave acidente de viação que sofri em 2006. Por essa razão, disponho de mais tempo livre para ler e escrever. Como tenho dois filhos com as idades de 11 e 17 anos e sou divorciada, o meu tempo mais precioso é-lhes dedicado.

SMC - Quais são seus projetos literários? Você pretende publicar um livro?
CRISTINA PEREIRA - Como respondi, anteriormente, tenho já um projecto em mãos para publicar este ano um livro de poesia. Para além disso, seria para mim o realizar de um sonho se surgisse, também, a oportunidade de publicar para o público infanto-juvenil.

SMC - Escritora Cristina quais as principais dificuldades que você encontra, hoje, para publicação de livros?
CRISTINA PEREIRA - Noto que há muitos entraves para a publicação de autores desconhecidos, como eu. Há muita concorrrência e muitas pessoas a dedicarem-se à escrita. Enviei para inúmeras editoras alguns dos meus trabalhos e ou não obtive resposta ou, então, a proposta que me faziam implicava que eu investisse muito dinheiro na edição e publicação do meu próprio livro, o que é desencorajante.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
CRISTINA PEREIRA - Gostaria que as editoras arriscassem mais nos novos talentos e deixassem ao público leitor decidir do sucesso da obra.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Cristina Pereira, que mensagem você deixa para nossos leitores?
CRISTINA PEREIRA - Obrigada, Shirley. Foi, para mim, também um prazer poder conceder esta entrevista. A mensagem que deixo é que o prazer de ler adquire-se desde muito novos. Devemos incentivar, sempre, as crianças para a leitura de boas obras literárias para a sua faixa etária e, assim, criar nelas, desde logo, o “bichinho” pelas letras, pela palavra escrita. Com isto, estaremos a desenvolver cada vez mais o gosto pela leitura, mas também o desenvolvimento do saber a todos os níveis. Creio que o futuro passa sempre pelas crianças. Elas são o primeiro elo de ligação e a base de toda a construção do saber futuro.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Maria Teresa Almeida.

Maria Teresa de Jesus Almeida Vaz Rodrigues nasceu em Trás-os-Montes, na aldeia de Lagoaça, conselho de Freixo de espada à Cinta.
Estudou na Escola do Magistério Primário de Vila Real e Instituto superior de Educação e Trabalho do Porto. Exerceu a sua atividade profissional nos conselhos do Porto e Miranda do Douro. Dedicou a sua vida à causa da educação, ora no ensino, ora na área da gestão e administração escolar, ao nível do 1º CEB.
Ao desligar-se da sua atividade profissional encontrou, na poesia, naturalmente, um apelo, uma chama, um caminho que percorre com indomável vontade. Nas palavras desafia o tempo, solidifica os afetos, apura a sensibilidade e revive os estados de alma que na sua vida foram chama, luz e caminho. A poesia, a pintura e a dança são atividades que a apaixonam.

“É na educação o investimento que considero prioritário. É desejável que as escolas e as bibliotecas escolares continuem a desenvolver projetos, tendo em vista a formação literária dos educandos e o gosto pela leitura.
Gostaria que em cada localidade houvesse tertúlias, saraus, teatros com a participação de autores e o envolvimento da comunidade...”

Boa Leitura!

SMC - Escritora Maria Teresa para nós é um prazer tê-la conosco no projeto “Divulga Escritor’. Conte-nos o que a motivou a ter o gosto pela escrita? Quando começou a escrever?
TERESA ALMEIDA - O meu voo nas palavras começou muito cedo através da leitura. A leitura foi, de facto, a grande motivação. Pela leitura rasguei caminhos, abri horizontes, viajei por espaços de enorme encantamento. O mundo abria-se para mim de maneira surpreendente e percebi que a vida é a ideia que dela fazemos. Penso que quem tem o prazer intenso de ler, acaba por sentir necessidade de comunicar as suas próprias emoções, acaba por descobrir o prazer de escrever. O que seria a vida sem emoção?
Creio que comecei a organizar a minha afetividade às palavras no meu pequeno baú de recordações: as cartas dos amigos, os postais ilustrados, as declarações de amor, os aerogramas... Nesse mundo fechado eu sentia o encantamento e a evasão.
Encaminhar os meus alunos pelo mundo da leitura e da escrita, ajudando-os a abrir janelas de mais claros rasgados e promissores horizontes, foi uma experiência muito enriquecedora.

SMC - O que mais lhe inspira a escrever?
TERESA ALMEIDA - É a força do amor que me leva a escrever. O poema nasce espontaneamente e nunca sei em que figurino se desenvolve.
Devo dizer que tenho um espírito otimista e creio que a alegria e a esperança são perceptíveis nos meus escritos. Em qualquer caso mal sucedido deixo sempre à mostra uma centelha de luz.
A natureza é uma inspiração permanente com nuances poéticas incomensuráveis. Recordo-me do meu deslumbramento quando em menina descia as arribas do Douro. Sentia que a poesia me rodeava, como se uma felicidade espititual descesse, vinda não sei donde e de mim se apossasse.

SMC - Reparo que o seu blogue é bilingue. Que importância tem a língua mirandesa na sua vida?
TERESA ALMEIDA - Tomei contacto com esta língua quando fui colocada como professora numa aldeia em que o Mirandês se falava fluentemente (e ainda se fala) - Aldeia Nova. Lembro-me de tomar nota dos vocábulos e pedir explicações aos meus alunos e colegas. Sempre senti a sonoridade e o encanto desta língua. Ser raiano, no planalto mirandês, é andar abraçado a três línguas: o Português, o Castelhano e o Mirandês. A mistura é quase inevitável. Diversos fatores se conjugaram para que o mirandês mantivesse a sua autenticidade e em 1998 a Língua Mirandesa (património linguístico notável) foi oficializada na Assembleia de República.
Sinto necessidade e gosto em escrever, também nesta língua, com a qual me sinto identificada, procurando beber a sabedoria dos que, no berço, a mamaram.
É com este objetivo que integro o grupo de blogueiros "Froles Mirandesas" onde se partilha e se vive esta riquíssima e ancestral cultura.

SMC - Conte-nos como foi escrever seu livro “Ousadia”? A quem você indica a leitura desta maravilhosa obra literária?
TERESA ALMEIDA - Como o fogo precisa de rastilho, assim eu preciso de chama para escrever e nesse primeiro livro verti as minhas emoções mais profundas, desde os meus tempos de menina. Direi que a minha escrita tem um cunho sensível e intimista.
Não posso deixar de referir que o feedback de pessoas de família e de escritores que muito prezo foi decisivo para vencer a timidez e ousar responder a um anúncio de concurso publicitado pela Corpus Editora.
A capa do livro foi escolhida pela editora e constituiu para mim uma enorme e bela surpresa porque me sugere musicalidade, movimento, ritmo e alegria - creio que - sem falsas modéstias - naquele corpo estou eu.
Sou aficionada das novas tecnologias mas não me dispenso de andar acompanhada, folhear e sentir o livro da minha preferência. Escrever um livro é um acto de amor.
Dedico a minha obra aos amantes da poesia, aos que gostam de levantar os pés do chão, aos que vivem por amor e aos que comigo se alegram.

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
TERESA ALMEIDA - Online- http://www.worldartfriends.com/store/1385-maria-teresa-almeida-ousadia.html;
- Casa da Cultura de Miranda do Douro.
- Pelo correio, autografado;
o pedido pode ser feito por email:teresalmeida9@gmail.com

SMC - Como é o dia-a-dia da escritora Maria Teresa? Conte-nos como concilia a escrita, a pintura e a dança?
TERESA ALMEIDA - A escrita, a pintura e a dança são grandes paixões que cultivo, se interligam e me identificam nos meus escritos.
Desde os tempos no colégio da Imaculada Conceição - em Lamego - que despertei para a arte, através da dança, do teatro e da musica.
De tal modo as sinto entrecruzadas que fiz o lançamento do meu livro em simultâneo com uma exposição de pintura da minha autoria. A ideia de movimento, enquanto arte, acompanha o pincel, o corpo e a palavra.
Tendo trabalhado no nordeste transmontano sempre me envolvi nas danças regionais que, para além de serem ensinadas nas escolas, têm levado o nome e a cultura de Miranda do Douro a todos os continentes. Miranda do Douro é uma terra musical, é palco das mais vivas emoções em lhaços de pauliteiros, em danças mistas e cantares. Sinto a melodia quando danço, pinto ou escrevo.
No grupo de danças dos professores do planalto mirandês, do qual faço parte como membro da direcção, encontrei a alegria da camaradagem, a suavidade, o ritmo e a alma do espírito mirandês. São lhaços que poetizam os nossos passos.
Como refere Fernando Subtil: a dança, a pintura e a poesia conjugam-se nela em rasgos de carácter e grandeza que dão expressão e força ao seu sentir.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora?
TERESA ALMEIDA - Sou de muitas leituras e de muitos autores. Há, no entanto, alguns que passam a fazer parte de nós como se tratasse de um perfume íntimo. Milan Kundera, por exemplo, levava-me com arte e leveza de página em página. Eça de Queiroz, Alçada Batista, Gabriel Garcia Marques, Saramago, Patrik Suskind, Lance Horner, Margueritte Duras, Miguel Cervantes. Miguel Torga, o poeta do meu rio e dos meus montes e das minhas gentes: o meu poeta. Florbela Espanca, Maria Teresa Horta, Fernando Pessoa, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner Andresen, Pablo Neruda e tantos outros. Gosto da forma com José Rodrigues dos Santos lança luz sobre a passado e a atualidade. Gosto da forma como Amadeu Ferreira nos leva ao coração do planalto mirandês.
A Biblioteca itinerante Gulbenkian foi, na aldeia, a luz da minha adolescência. No Porto, nas feiras do livro, perdia-me. O Círculo de leitores também me acompanhou. Pelos jornais comecei a ver as publicações, as críticas e ia sempre adquirindo o que mais se identificava com o meu gosto.
Na minha escrita há, como é óbvio, uma mistura de influências, mas ouso entregar-me inteira.

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
TERESA ALMEIDA - A apresentação pública do livro é, desde logo, o primeiro momento marcante. Divulguei trabalhos meus no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, tendo integrado o programa da semana de leitura. Gosto de deixar o meu livro e as antologias em que participo nas bibliotecas do agrupamento e na biblioteca municipal.
Participo, com prazer, em saraus e tertúlias de poesia. Já participei em concursos como o Poetry Slam. Sou muito grata aos escritores que me abriram a portas do Porto poético, incluindo as de Vila nova de Gaia e Matosinhos..
Publico na minha página de facebook, no meu blogue e em grupos poéticos.
Também já participei em seis antologias. Para além de ser uma boa forma de divulgarmos o nosso trabalho, temos a oportunidade de conhecer outros autores, percebemos melhor a relação entre o autor e o editor e as diversas formas de trabalho das editoras.
A minha primeira publicação foi na Antologia "Poetas Luso-Brasileiros (editora Sapere - Rio de Janeiro).
Também gosto de trocar livros com outros autores. É a prenda que me dá mais gozo oferecer.
Sou, também, membro da Associação Portuguesa de Poetas.

SMC- Escritora Maria Teresa, quais os seus principais objetivos como escritora? Pretende publicar novos livros?
TERESA ALMEIDA - Sem dúvida. Pretendo continuar a trabalhar a palavra e a suas inesgotáveis potencialidades, como se elas pudesse chispar feitas estrelas. Temos direito ao nosso pedaço de céu.
Sinto-me integrada neste mundo fascinante e tenho material para um novo livro, mas procuro a melhor maneira de o publicar.
Gostaria que a minha escrita fosse uma provocação e um envolvimento.
Uma provocação que despertasse o desejo e a inquietude e a vontade de escrever, porque cada olhar é único e há sempre novos e extraordinários caminhos.
Um envolvimento no mundo dos afetos, na alegria de viver, no sentido estético e profundo da palavra.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
TERESA ALMEIDA - É na educação o investimento que considero prioritário. É desejável que as escolas e as bibliotecas escolares continuem a desenvolver projetos, tendo em vista a formação literária dos educandos e o gosto pela leitura.
Gostaria que em cada localidade houvesse tertúlias, saraus, teatros com a participação de autores e o envolvimento da comunidade. Que os novos autores tivessem visibilidade através dos média. Que as editoras procurassem divulgar, com mais eficácia, as obras dos novos autores. Que se Intensificasse o intercâmbio entre autores de vários países - como, de resto, se começa já a praticar em alguns grupos poéticos..
Gosto de divulgar o trabalho de autores cujas obras valorizo, tendo já feito apresentações de alguns livros na minha cidade, cidade que continua a valorizar e a promover a cultura.
"Divulga Escritor" é um voo oceânico que se insere bem nesta rúbrica.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto “Divulga Escritor”, muito bom conhecer melhor a escritora Maria Teresa Almeida, que mensagem você deixa para nossos leitores?
TERESA ALMEIDA - Agradeço a oportunidade e o prazer que tive em refletir convosco sobre a minha escrita. Uma autoanálise leva-nos a questionarmo-nos e a procurarmos ir cada vez mais longe.
A poesia é, para mim, um desafio, do qual não sei sair. A minha perceção, o meu encontro com o universo, a minha forma de me encantar, a fidelidade a mim mesma, mais pura do que a que consigo controlar, o meu traje de gala, como refere Alfredo Cameirão. Como se a minha alma se vestisse de madrugada e a palavra nascesse.
Ler é um dos caminhos para o enriquecimento e satisfação pessoal, com reflexos no progresso e no desenvolvimento do país.
A leitura e a escrita poderão proporcionar-nos momentos de intenso prazer e ser verdadeiros instrumentos ao serviço da defesa dos valores humanos.


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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Joel Lira

Joel Arsénio Baptista Lira, natural de Amora – Seixal, nascido em 19 de Julho de 1946, foi autarca duas vezes no conselho do Seixal, escreveu para todos os jornais locais do conselho e distrital, é autodidata, escritor, encenador, poeta, musico e ator. Está ligado ao movimento associativo local, nomeadamente à Art’Anima Seixal – Associação Cultural, Grupo de Teatro A Muleta. Peças de teatro: A PARTIDA, A PEDRA BRILHANTE, AS VELHAS RABUGENTAS, O COMPUTA(DOR), EU, DOIDA?!, O VISCONDE DE ALCAGOITAS, O BAÚ MISTERIOSO, A ESCOLHA, SEM ABRIGO, A SENHORA DOS PAPEIS, FERNANDO NO MARTINHO e O TESTAMENTO (A estrear brevemente! )
Em entrevista exclusiva ao projeto Divulga Escritor, o Escritor, ator e músico, Joel Lira conta-nos um pouco sobre sua trajetória literária interligada com a música e o teatro.

“ Veja-se o teatro a musica e a poesia o que fez de mim o que hoje sou: Um Homem!”

“Existe uma profunda relação entre mim com a musica, com o teatro e com a poesia. Não consigo separar ambas da minha vida cultural e artistica! Fazem parte da minha existência!”

Boa Leitura!

SMC - Escritor, ator, músico, Joel Lira, para nós é uma honra tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos, o que o motivou a escrever?

JOEL LIRA – Em criança, antes de ingressar na Escola Primária, um dos meus passatempos preferidos era esquartilhar com uma pequena tesoura de costura ou, lâmina de barbear do meu pai as letras maisculas dos jornais. Com alguma habilidade e engenho lá conseguia fazer passar o tempo com uma das minhas brincadeiras preferidas. Cortar letras de jornais. Depois do male feito (jornais cortados) levava nas orelhas do meu avô por ter cortado o jornal…. E da minha mãe o respectivo raspanete!
Penso que tudo aconteceu em 1952, data do meu ingresso escolar. Mais tarde, em 1964 por ai nessa altura, já com 18 anos de idade o gosto pelas letras sempre me acompanharam em ambientes familiares: - Veja-se o teatro a musica e a poesia o que fez de mim o que hoje sou: Um Homem!

SMC - Que temas você aborta em sua escrita?

JOEL LIRA – Por norma abordo todos os temas que a vida social me apresenta no dia a dia.
Ou seja os de carecter politico, familiar e amoroso. Em muitos casos denuncias que a todos nós nos afligem e nos incomodam!
Sou um pensaador, também!

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

JOEL LIRA – O público para mim todo ele tem face, tem nome e quase todos os que me seguem gostam do que escrevo, muitas das vezes revendo-se nas mensagens poeticas deixadas nos meus livros ou atraves do Solar dos Poetas, ou mesmo em outros locais da comunicação social.

SMC - Escritor Joel Lira, acompanhamos um pouco seu histórico literário, vimos que seu primeiro livro foi publicado em 1976 com 2ª Edição em 2006, percebemos que passou um tempo sem publicar. Qual o principal motivo deste intervalo e o que o levou a publicar novos livros?

JOEL LIRA – O meu primeiro livro foi editado por mim proprio em 1976, depois, em 2ª edição em 2006 ( O Despertar para a Vida . Dizer-se que passou muito tempo sem que tivesse escrito mais nenhum, informo que não é verdade dize-lo. Pela Parceria A.M. Pereira, editei o meu 2ª livro ( O Despertar para a Vida Nr 2 ), em 1979, com 2º edição em 2006. Depois em 2003 a editora Margens, editou o meu 3º livro “ Sombras do meu Sentir ) com 2ª edição em 2006. Depois fiz uma paragem nas edições literárias entre 1976 e 2003, embora nunca deixando de escrever.

SMC - Conte-nos, qual o objetivo do seu livro “O Fogo das Palavras”?

JOEL LIRA – No que respeita ao meu 4º Livro “ O Fogo das Palavras “ – editado em 2006, foi o de mostrar aos meus novos leitores o inicio dos meus sonetos alexandrinos, poesia solta ( visões poéticas ) e quadras populares! Pequenos ensaios…. Trata-se de um livro de poesia com 150 paginas!

SMC - O que diferencia seu livro “Poesia ao Vento” do seu livro “Inquietações”?

JOEL LIRA – Existem duas diferenças literárias profundas nos livros citados: “Poesia ao Vento“- 5º livro - editado em Abril de 2012 é um livro composto unicamente por sonetos e divididos em IV partes – “ Sonetos ( bilhetes postais sobre Lisboa ); ventos que gritam; ventos de amor e outros ventos “. O “ Inquietações “ 6º livro – editado em Maio deste ano ( 2013 ), ambos pela Lua de Marfim, Editora – contém poesia livre, clara, direta, cujo ambito social é por demais evidente. Não se trata apenas de um estrondoso grito social mas tambem com espirito sentimental, apanagio de todos os poetas mensageiros!

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

JOEL LIRA - Todos os meus livros podem ser comprados directamente atraves do meu email: joellira@live.com ou pelo facebook joel.a.lira@facebook.com

SMC - Você hoje trabalha com teatro, música, poesia. Que ligação você destaca entre o teatro, a música e a poesia?

JOEL LIRA – Existe uma profunda relação entre mim com a musica, com o teatro e com a poesia. Não consigo separar ambas da minha vida cultural e artistica! Fazem parte da minha existência!
No teatro faço passar as mensagens ao vivo das minhas 12 peças inéditas, onde nalgumas represento. Sou ator, encenador, escritor e ensaiador. Enfim, o dito faz tudo…. Ou o homem dos sete oficios…
Na musica, na maioria dos casos como autoditata, relaxo os meus sentires com o piano ou orgão desde criança!
Na poesia, é o meu expoente máximo e dominador comum nas artes literárias!

SMC - Escritor Joel Lira, quais são seus próximos projetos literários? Eles estão interligados com a música e o teatro?

JOEL LIRA – Tenho em carteira cerca de 150 sonetos e muitos textos poéticos, para alem de imensos “pensamentos” e pensar em publicá-los/ editá-los ou coisa parecida, neste momento está fora de questão! Tanto a musica, como o teatro e agora no caso a poesia, são vistos como filhos bastardos… “ Se tiveres um bom padrinho não levas no focinho” caso contrario morres à fome.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?

JOEL LIRA – Mas que pergunta tão cheia de chama e de oportunidade!
Hoje em dia cada vez mais vai havendo Editoras sempre prontas para “darem” a mão a quem escreve. Prontas para o negócio, todas com belissimas intenções. Tem piada, até o inferno está cheinha delas… e quando se entra nele queimamo-nos!
As editoras não projectam capaz e condignamente os seus autores! Praticamente são os autores que promovem os seus livros, apresentam nos mais variados pontos do pais e são eles que desembolsam os seus elevados custos sem que as Editoras comparticipem!
Quantos poetas vão às livrarias apresentar os seus livros? Quantos vão a feiras ou exposições a convite das Editoras?

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Joel Lira, que mensagem você deixa para nossos leitores?

JOEL LIRA – Por último quero agradecer penhoradamente todo o carinho que o projeto Divulga Escritor tem dado até aqui aos seus autores e faço votos para que ele continue a projetar e apoiar o nosso mundo poético!
Bem hajam todos os que dão do seu melhor à causa literária sem beneficio proprio!


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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Fernando Figueirinhas

Fernando Figueirinhas é formado em Administrador de Empresas. Escritor, Poeta e Diretor (realizador). Nasceu no Porto, Portugal, em 1952, e veio para o Brasil em 1976, onde se fixou.
Interessado em questões perenes de cunho filosófico, que tratam da problemática humana em vários de seus aspectos, como o homem perante o mundo e si mesmo, vale-se da ética, da estética e de princípios fundamentados nos valores universais em favor de um mundo mais justo e digno.
Realiza vários documentários sobre arte e outros assuntos polêmicos, cuja complexidade e profundidade devidamente orientadas, defendem com muita intensidade a tese-proposta da questão colocada. Dirigiu e produziu: A Ponta do Iceberg, A Outra Dimensão, Esquecidos na Noite, A Tríada da Cognição, Manlio Moretto, Egas Francisco, Gente sem Nome, Evasão e Sonho, Razão de Ser, Pedras que Falam, e Aldo Cardarelli, entre outros.
Preocupado com as grandes questões que o mundo contemporâneo propõe, idealiza o Projeto Cultural Abertura, dedicando-se à administração do projeto, a escrever e à direção e produção de documentários filmados, e também, à produção e manutenção dos websites que mantém na Internet.
Ultimamente, atento à realidade do atual momento, vem-se dedicando à escrita ininterrupta de vários textos, poemas e pensamentos, chegando a escrever quinze textos por dia.
Publicou, entre outros, os seguintes livros: Manlio Moretto, Palavras de Imagens, A Urgência da Mudança, Palavras Nascem e Pintores Inéditos.

“Não nasci para ser escritor, ou cineasta, muito menos para ser poeta – tudo aconteceu sem que eu me apercebesse, como resultado do mundo que encontrei.”

Boa Leitura!

SMC - Escritor Fernando Figueirinhas para nós é uma honra ter você conosco no projeto Divulga Escritor. Conte-nos quando começou seu gosto pela escrita? Em que momento decidiu publicar seu primeiro livro?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - Obrigado, Shirley, por esta oportunidade. O meu gosto pela leitura começou muito cedo, ainda na infância. Meu pai, avô e bisavô eram livreiros e editores, proprietários da Liv. Ed. Figueirinhas. Meu bisavô, António Figueirinhas, formado em Teologia, jornalista, fundador da citada livraria-editora e dos jornais: O Lafões, O Porto, O Meu Jornal, e colaborador de outros tantos. Foi também um importante pedagogo e incentivador da educação em Portugal no final do Séc. XIX e início do Séc. XX, tendo trabalhado até sua morte, em 1945, aos 80 anos de idade, e fundado vários colégios, dos quais o mais importante foi o Colégio Viriato, em Oliveira de Frades, e, posteriormente, transferido para Viseu; além de proeminente escritor de livros didáticos. Em casa de meus pais e avós havia uma grande biblioteca, aliás, em vários lugares diferentes daquela casa, cujo forro das paredes era revestido por prateleiras repletas de livros. Portanto, acto contínuo, desde cedo comecei a escrever, mas apenas mantinha correspondência com alguns poucos amigos de meu pai, sobretudo, colecionadores de selos e postais; e mais tarde, com namoradas, cujas centenas de cartas ainda conservo – não só as recebidas como também algumas cópias das enviadas, às quais, por amizade, creio, me atribuem um hipotético dom para a escrita. O meu primeiro livro publicado surgiu inesperadamente, quando percebi que tinha em mãos o maior acervo de Paisagens Brasileiras realizadas em croquis de campo, ao longo de 50 anos, pelo engenheiro e paisagista Manlio Moretto – era um patrimônio muito rico e vasto que merecia ser publicado.

SMC - O que mais lhe inspira a escrever?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - O que mais me inspira a escrever é a constatação do caos em que o mundo vive; a falta de oportunidades de trabalho e as péssimas condições de vida – chegando aos limites da sobrevivência, ou nem isso, da pobreza extrema, digo - de milhões de pessoas no mundo; por um lado, e, por outro, a desmotivação da quase totalidade das pessoas pela reflexão sobre os motivos que levam a esta apatia generalizada e permanente caos, cuja resultante encontra no niilismo sua razão. E, ainda, a falta duma educação orientada para uma consciência reflexiva, e, consequentemente, desvinculada de compromisso individual e colectivo. Quanto à poesia, é o encanto com o achado ao acaso, às vezes, em apenas uma palavra. O poema sai rápido, não mais que uns 15 minutos, e por vezes chegam a 12 por dia. A poesia também foi um achado muito interessante e meramente casual na minha vida, que em muito facilitou a abordagem de temas profundos e intensos, sem, todavia, exigir rigor científico, suscitando o interesse por parte do leitor. Fazem apenas dois anos a que me dedico à poesia, com um total de mil e quatrocentos poemas até este momento.

SMC - Fernando, conte-nos, você quem escreve os textos dos documentários que você produz? Como funciona a produção dos vídeos?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - Sim, sou eu quem escreve os roteiros e textos dos documentários que produzo. Não nasci para ser escritor, ou cineasta, muito menos para ser poeta – tudo aconteceu sem que eu me apercebesse, como resultado do mundo que encontrei. Senti que precisava fazer algo a esse respeito, e como não tinha recursos financeiros nem formação específica, resolvi ir fazendo, intuitivamente. A produção dos documentários funciona da seguinte maneira: tenho em mente uma determinada ideia; penso-a, estudo-a, escrevo-a, convido pessoas que reconhecidamente entendem daquele assunto e de relevada importância cultural; contrato uma equipe para a produção e assim realizo o documentário. Sempre achei muito importante e determinante saber-se exactamente o que se quer para se conseguir fazer alguma coisa. Depois é só encontrar os meios tendo em vista o fim que se procura.

SMC - Você é idealizador do Projeto Cultural Abertura. Qual o objetivo do projeto? Quem pode participar? Como a pessoa faz para ter mais informações sobre o projeto?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - O Projeto Cultural Abertura (Associação Cultural Abertura) tem como objetivo principal a promoção da dignidade humana, cujo valor mais alto é o próprio homem em todas as suas dimensões. A ética e a reflexão conscienciosa sobre os diferentes aspectos que compõem a esfera das relações humanas são os meios utilizados para se atingir este objetivo. Todas as pessoas interessadas neste ideal podem participar e são muito bem-vindas. Para informações mais detalhadas basta acessar o site do projeto: WWW.projetoabertura.org

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - Conforme disse acima, pretendemos atingir todas as pessoas interessadas no ideal do Projeto Abertura. A mensagem que gostaríamos de deixar é simples e contundente: há que se libertar do egoísmo e do individualismo que toma conta do mundo, como resultado da ausência de valores e sentido da vida.

SMC - Fale-nos sobre seu livro “A Urgência da Mudança”?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - O livro A Urgência da Mudança, cujo título original era Mudar o Poder, reúne uma série de textos de fundamental importância no contexto do Projeto Abertura, e de algumas questões, também muito importantes, para a crise em Portugal. Trata-se de um livro, creio, bastante equilibrado e eclético nos temas abordados, intercalados por poemas sobre os clássicos temas do amor, da saudade e do pasmo encontrado na contemplação da paisagem humana e suas ambiguidades.

SMC - Além de “A Urgência da Mudança”, você publicou, entre outros, os seguintes livros: “Manlio Moretto”, “Palavras de Imagens”, “Palavras Nascem” e “Pintores Inéditos”, de forma resumida o que diferencia um livro do outro?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - O livro Manlio Moretto é uma compilação de algumas obras iconográficas deste pintor, e textos sobre arte pictórica; Palavras de Imagens é formado por todos os textos de filmes por mim realizados até àquela altura; Palavras Nascem é constituído por 65 poemas selecionados; e, Pintores Inéditos ( no prelo) é um resgate de memória da pintura Neoclássica de alguns dos melhores pintores do Século XX no Brasil. Além disso, contém um resumo da História da Pintura no Brasil e um capítulo onde se explana sobre a Arte e o Belo artístico, bem como uma análise sobre a interpretação dos rumos da pintura a nível mundial – capítulo este que justificou sua realização.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - Os meus livros podem ser comprados em algumas livrarias e pelos links de compra das respectivas editoras, nomeadamente: Arte & Ciência, Lua de Marfim, Corpos e Chiado. Também se podem achar através do Google, procurando por “Fernando Figueirinhas”. Meu email: fernandofigueirinhas@hotmail.com

SMC - Que dica você dar para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
FERNANDO FIGUEIRINHAS - Leia; estude e pense antes de escrever. Procure imprimir sempre, em seus textos, uma conotação universal e perene, quando possível. Quanto à metodologia de trabalho, cada um tem a sua; eu prefiro a seguinte, sobretudo em se tratando de um romance ou poesia: escreva rápido, no embalo do sentimento, e depois corrija os erros de lógica e outros que eventualmente possa encontrar. Procure não mexer muito naquilo que escreveu, pois o texto tem de estar pronto logo no esboço.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - Não sei responder a essa questão, teria de estudá-la e ser um profissional da área. Apenas posso falar do ponto de vista da iniciativa editorial; isto é, dos critérios a serem levados em conta por parte dos editores em relação à obra que lhes chega às mãos. Quero crer que um bom editor tem de ser fiel a uma determinada linha editorial e produzir com rigor e requinte todo o projeto (gráfico e editorial) do livro. Além disso, deve saber estabelecer uma perfeita correlação entre o valor literário de uma obra, o interesse do assunto e sua viabilidade comercial – não basta publicar, é preciso divulgar.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Fernando Figueirinhas, que mensagem você deixa para nossos leitores?

FERNANDO FIGUEIRINHAS - Nada mais a acrescentar. Resta-me agradecer-lhe, sobremaneira, a atenção e o interesse pela minha obra. Desejo-lhe muito sucesso nesta difícil arte de divulgação e incentivo à cultura. Muito obrigado.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Maria Morais de Sá

EXTRA, EXTRA!

VAMOS COMEMORAR! TODOS SÃO CONVIDADOS A PARTICIPAR DO LANÇAMENTO DE LIVRO NO SOLAR DE POETAS!

Maria José Morais de Sá, mais conhecida por Maria Morais de Sá, comentadora no Solar de Poetas, nascida em Massarelos na cidade do Porto em Portugal. Irá fazer o lançamento do primeiro livro dia 27 de Julho de 2013.
Escreve mais sobre seus sentimentos e devaneios, mas, também sobre tudo o que a rodeia! Sobretudo a Natureza o sol a lua as estrelas envolvendo-se em um mundo sonhador e mágico!
Página onde publica seus poemas
https://www.facebook.com/SonetosRimasPoemasEPensamentos

“Gosto de ler mas sobretudo de escrever!
E para mim escrever meus devaneios desde muito jovem foi uma forma de desabafar meus sentimentos!
Procurei na escrita a amiga que nunca tive!
A amiga que só diz o que eu lhe digo e a que guarda segredos!
Foi muitas vezes a escrita o ombro de alguém muito perto,
o amor que nunca tive,
o sonho que ainda não realizei,
a fantasia de nunca ter crescido.
É meu desabafo e meu afago muitas vezes!”

Boa Leitura!

SMC - Escritora Maria Morais de Sá, para nós é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, você nos contou nos bastidores da Divulga Escritor que a escrita é sua melhor amiga, conte-nos quando começou seu gosto pela escrita? De que forma vem sendo esta relação entre você e a escrita?
MARIA MORAIS DE SÁ - Queria agradecer a oportunidade e acima de tudo louvar a vossa forma de divulgação de escritores portugueses e parabenizar esta vossa iniciativa.
A escrita é para mim um lavar de alma.
São as minhas lágrimas, os meus sorrisos, as minhas noites e os meus dias!
Talvez seja a amiga em quem eu deposito os meus segredos que por vezes escondo e descubro com minhas próprias palavras!
Desde cedo, ou seja, pela escola primária, tinha o gosto de contar e inventar histórias, por vezes entoadas com pequenas rimas e frases líricas sempre acompanhadas com desenhos ou rabiscos, que hoje entendo serem já naquela altura os meus devaneios!
Por vezes escondia os poemas e noutras ocasiões rasgáva-os para ninguém os ler e só à pouco tempo libertei da gaveta tudo o que em mim tinha guardado e foi atráves do facebook, com a ajuda de amigos escritores que comecei a libertar-me.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
MARIA MORAIS DE SÁ - Não tenho faixa etária, mas os meus poemas não são para leitores infantis!
Creio serem mais para quem gosta de ler sobre a ternura, sonhos e pensamentos!

SMC - Quem é a escritora Maria José Morais? Quais seus principais hobbies?
MARIA MORAIS DE SÁ - Modestamente uma mulher como muitas!
Mãe de dois lindos filhos!
Neste momento desempregada mas uma lutadora!
Tento seguir os meus princípios e ideiais!
Sonhadora, mas também determinada!
Gosto de ler, passear ao ar livre, fazer peças de bijouteria, trabalhos manuais!

SMC - De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho?
MARIA MORAIS DE SÁ - Pela internet, especialmente pelo facebook.

SMC - Que temas você aborda em seu livro “Meu sol, Meu poema”?
MARIA MORAIS DE SÁ - Falo essencialmente sobre mim, sobre meu estado de espirito.
Falo dos dias em que sofro desgostos ou alegrias!
Sobre a minha capacidade de ultrapassar os maus momentos e ser feliz com cada minuto de alegria!

SMC - Conte-nos como vai ser o lançamento do seu livro? Como se sente ao ter seu primeiro livro publicado?
MARIA MORAIS DE SÁ - Meu livro vai ser lançado na Junta de Freguesia na cidade de Ermesinde que me viu crescer e onde vive desde sempre a minha familia e amigos de longa data.

SMC - Que dificuldades você encontra para a publicação de livros? O que você acredita que deve ser feito para amenizar estas dificuldades?
MARIA MORAIS DE SÁ - A falta de poder econômico que existe a nível global e também por parte do ministério da cultura que por sua vez não ajuda a que se criem condições para que a leitura e a escrita possam ser mais viabilizadas.
Deveria existir mais apoio por parte do Governo para haver mais facilidade de divulgação de autores.

SMC - Onde podemos comprar seu livro?
MARIA MORAIS DE SÁ - Através do meu email verderocho@hotmail.com ou através da editora geral@versbrava.pt

SMC - Conte-nos quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar novos livros?
MARIA MORAIS DE SÁ - Continuar com poesia dentro da mesma linha, embora tenha já iniciado um pequeno livro que será um projeto para um data ainda indefinida.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
MARIA MORAIS DE SÁ - Um melhor poder económico a todos os níveis.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Maria Morais de Sá, que mensagem você deixa para nossos leitores?
MARIA MORAIS DE SÁ - Que a leitura é o alimento dos sentimentos e o registo do que somos como escritores mas também como leitores!

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor José Carlos Moutinho

José Carlos Moutinho nasceu no Sobralinho, Vila Franca de Xira, em Junho de 1944.
Com 13 anos partiu para Angola, aonde concluiu os seus estudos secundários.
Em 1973, saiu de Angola, para o Brasil, de onde veio definitivamente para Portugal em 1980. Foi Delegado de Informação Médica. Nos últimos anos, Empresário na área da restauração. Está aposentado. É membro dos “Confrades da poesia”, “Horizontes da Poesia”, “Luso-Poemas”, “Varanda das Estrelícias”, “Academia Virtual Sala dos poetas e escritores”- Brasil
É presença regular em vários locais de tertúlias poéticas:
É membro da ACLAL (Academia de letras e artes plásticas lusófonas)
O seu blog de poemas:
http://zemoutinho.blogspot.com/

“Não deixem de ler e apoiar a literatura, sem vós, a nossa mensagem em forma de palavras poéticas, não passará, e sem a literatura, em especial a poesia, o mundo será menos culto e menos sensível aos sentires da alma.”

Boa Leitura!

SMC - Escritor José Carlos Moutinho, é um prazer tê-lo conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos quando decidiu publicar seu primeiro livro? O que o motivou a publicação?
JOSE CARLOS MOUTINHO - É com muita satisfação e uma pontinha de orgulho sentir o interesse da parte de ilustre figura do jornalismo, como é o caso de Shirley M.. Cavalcante, por tal facto, os meus agradecimentos e passo a responder: A oportunidade de publicar o meu primeiro livro, surgiu do improvável. Na verdade, nunca me ocorrera, nem vagamente que um dia teria um livro editado. E aconteceu, quase como por brincadeira, com amigos do Facebook, quando eu respondia com versos, especificamente quadras rimadas ao que os outros me enviavam. Aos poucos fui ganhando coragem e atrevendo-me a tornar essa minha poesia pública, através dessa Rede Social. A aprovação por parte dos amigos e, muito especialmente pelos poetas, alguns já consagrados, levaram-me a um incentivo tão profícuo, que me levou corajosamente à edição do meu primeiro livro “Cais da Alma”, que felizmente teve enorme sucesso.

SMC - Quais, escritores, são as suas referências literárias? Por que eles se tornaram uma referência para você?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Devo admitir, sem qualquer veleidade de presunção, que jamais me referenciei em alguém para me levar a criar a minha própria e genuína poesia. Obviamente e, muito em especial nos meus tempos de jovem, li bastante e de quem sou admirador, Fernando Pessoa, Luis Vaz de Camões, Florbela Espanca, Manuel Bandeira, na área da poesia. Em prosa, sempre gostei muito de Eça de Queiroz, Alves Redol, Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, Camilo Castelo Branco, Ernest Hemingway, Leon Tolstoi, Erich Maria Remark, Érico Veríssimo, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho? Que mensagem você quer transmitir para as pessoas?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Não tenho em mente um público específico para que me leiam. Dirijo a minha escrita para todos, que tenham o gosto pela poesia. Afinal o que eu escrevo, não é para mim. Se o fosse, tudo o que eu criasse, ficaria a amarelecer no fundo de uma gaveta. Quero chegar o mais longe possível. Sendo imodesto e neste caso, assumo-me como tal, gostaria que a minha poesia se eternizasse, para além de mim.

SMC - Conte-nos, quais os principais hobbies do escritor José Carlos Moutinho?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Quando havia tempo para se viver, como se o amanhã fosse hoje, frequentava muito o cinema. Sou fã da 7ª arte. Lia muito, porque vivi os meus tempos de passagem da adolescência para a maturidade em Angola e como lá não havia, na época, Televisão, os passatempos eram, praia, cinema, música e leitura.
Actualmente o meu hobby para além da escrita é a fotografia.

SMC - Que temas abordas em seu romance “Angola, do Tejo ao Kwanza”? Em quanto tempo você escreveu este livro?
JOSE CARLOS MOUTINHO - “Angola do Tejo ao Kwanza”, é um pequeno romance, que retrata o mais fielmente possivel, as minhas vivências em Angola, para onde fui viver com 13 anos de idade. Eu senti a necessidade de entrar por caminhos da prosa e, por curiosidade, na tentativa de o conseguir, iniciei a escrita desse livro e como já haviam muitas páginas escritas, decidi não desistir e continuei até terminar. Escrevi-o em 15 dias.

SMC - Você, hoje, tem 3 livros de poesia publicados, “Cais da Alma” “Da inquietude das palavras” e “Cantos da eternidade”, conte-nos, o que diferencia um livro do outro?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Respondendo a essa difícil pergunta, apraz-me unicamente dizer o seguinte: “Cais da Alma” o meu primeiro livro de poesia contém a pureza, quase ingénua do meu sentir, aonde se abrigam os momentos mais importantes da minha vida, em carinhosas palavras, abraçadas pela poesia. Os seguintes livros, serão um aperfeiçoamento, que o tempo e a prática me foram dando e ensinando. Digamos que contêm uma poesia mais elaborada, sem contudo deixarem de ter toda a emoção da alma. Referencio o meu último livro “Cantos da eternidade “ que é o ninho aonde se aconchegam poemas de amor, especificamente de amor. Amor sofrido, feliz...enfim Amor.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Os meus livros encontram-se em algumas livrarias pelo país. Podem ser encontrados online nas Livraria Bertrand e Wook.
Ou pedidos a mim próprio, que os enviarei com todo o gosto, desde que encaminhem o pedido para este meu email:
zemoutinho@hotmail.com

SMC - Quais seus próximos projetos literários? Pretendes publicar novos livros?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Tenho em fase de conclusão um romance, que será no fundo a continuidade do “Angola do Tejo ao Kwanza”, que desta vez, contará as minhas vivências por Angola, Brasil e Portugal.
Tenho imensos poemas, que poderiam proporcionar a edição de pelo menos mais 3 livros. Todavia, porque o momento econômico não é propício, ficarão a aguardar melhores oportunidades.
Gostaria muito editar no Brasil, país a que me liga grande afectividade, por lá ter vivido alguns anos e aonde nasceu a minha filha.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Tornar os livros mais acessiveis em termos de preços, maior divulgação dos pequenos e desconhecidos autores portugueses, que perdem em detrimento dos estrangeiros.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor José Carlos Moutinho, que mensagem você deixa para nossos leitores?
JOSE CARLOS MOUTINHO - Deixo uma mensagem simples, como simples é a minha pessoa:
Não deixem de ler e apoiar a literatura, sem vós, a nossa mensagem em forma de palavras poéticas, não passará, e sem a literatura, em especial a poesia, o mundo será menos culto e menos sensível aos sentires da alma.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Fátima Veloso

Maria de Fátima Borges Veloso nasceu na Póvoa de Varzim, onde sempre residiu. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Franceses e Ingleses. É professora de Língua Portuguesa do Ensino Básico, no segundo ciclo, desde 1986. Trabalha na Escola E.B. 2,3 Cego do Maio onde é também responsável pelas atividades dinamizadas pelo Clube de Teatro, há doze anos.
A paixão pelo ensino da língua materna fez despertar desde o início da sua carreira outra grande paixão: a paixão pela Escrita. Com os alunos, dinamizou projetos de escrita colaborativa, resultando desse processo, a publicação a nível de escola, de três pequenas obras: “Mar, Sempre Mar”; “Num País Chamado «Beiriz» e “Lengalengas, Petas, Letras & Outras Tretas”. Esta última levada à cena, na rua – no Passeio Alegre, na cidade da Póvoa de Varzim, no Carnaval de 2010.
É membro do Varazim Teatro, onde fez algumas formações e do Grupo de Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa com o qual participa em encontros onde diz Poesia.
Participou na Antologia dos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa.
Em entrevista exclusiva para o projeto Divulga Escritor, a escritora conta-nos sobre sua trajetória e projetos literários, ela nos dá algumas dicas que une a arte teatral com a poesia. Vamos acompanhar de perto um pouco da nossa escritora Fátima Veloso.

SMC - Escritora Fátima Veloso, para nós é um prazer contar com sua participação no Projeto Divulga Escritor, você hoje trabalha com teatro, conte-nos, como é feito o trabalho unindo a arte teatral com a poesia?
Fátima Veloso - Obrigada, Shirley, para mim é um prazer, uma honra, poder participar neste projeto.
No Clube de Teatro que coordeno, os alunos dão vida aos textos de autores portugueses/estrangeiros ora adaptando-os, ora reproduzindo-os, ora cruzando-os com textos de outros autores e outras artes (canto, dança, circo, música …, sendo a Poesia a arte favorita), ora criando os seus próprios textos. O Clube recebe escritores na escola, dramatiza textos, representa peças de teatro, prepara e realiza simulações de programas radiofónicos e televisivos, organiza tertúlias com temáticas relacionadas com o Teatro, a Poesia, Problemáticas e desafios da Escola … tendo como convidados professores moderadores, poetas , atores amadores e/ou profissionais, locais. Deste modo, sendo o Teatro, o momento em que as palavras sobem ao Palco e a Poesia, o momento em que as palavras se desprendem do seu vazio interior para ganharem formas, sentidos, cores, sabores, sons… gritos de alma , verificamos que ambas as artes trabalham a “palavra”, lapidando-a, moldando-a, torneando-a, dando-lhe formas, brilhos e sentidos e que é no palco que ela (a palavra) nos conta emoções… É desta forma, a meu ver, que as duas artes se entrosam, se comprometem, se unem, subindo ao palco para serem ouvidas, sentidas e… aplaudidas. O Teatro e a Poesia são artes da palavra.

SMC - Estou curiosa, do que precisamos para realizar um evento unindo o teatro e a poesia. Hoje qualquer poeta pode se programar para realização deste tipo de evento? O que fazer para realizar um evento deste tipo? Nos dê algumas dicas.
Fátima Veloso - Precisamos de um programa, cujo alinhamento de intervenções, leitura/dramatizações de textos, animação teatral/musical e/ou de canto tenha uma sequência lógica.
Podemos surpreender o público, com uma dramatização/breve representação teatral, antes de se iniciar as intervenções dos elementos da mesa de honra. Um ou vários atores/diseurs colocados em sítios dispersos, na plateia, dirão um texto em torno da Palavra, da Poesia… ou simplesmente um poema do poeta a apresentar (ou de um outro poeta qualquer). Ou apenas surgir/surgirem sem ninguém contar, entrando na sala declamando, interagindo com o público e com os elementos da mesa. Cria-se assim uma excelente expectativa em relação ao momento que vai decorrer.
Há poemas que resultam bem se forem dramatizados : aqueles que se aproximam de um monólogo ou que contêm diálogos ou cujo tema é abordado com ironia, revolta, inconformismo…
Alguns poemas que escrevo têm uma vertente pedagógica. Nestes, os “atores-diseurs” recorrem a adereços e à interação uns com os outros, para dizerem os poemas. É tudo uma questão de criatividade.

SMC - Quando começou seu gosto pela escrita? Que temas você aborda, hoje, em seu trabalho como escritora?
Fátima Veloso - A leitura e a escrita sempre me fascinaram, mas só aos 16 anos é que resolvi transpor para o papel as minhas emoções. Escrevi 70 poemas de Amor e Desilusão, num caderno A4 que acabei por perder. Desiludida com esta perda, desisti de escrever.
Contudo, a paixão pelo ensino da língua materna e os projetos de escrita que desenvolvi com os alunos, despertaram de novo aquele prazer de escrever que há tanto tempo estava adormecido. Por volta dos 33 anos, voltou aquela necessidade de exprimir novamente as minhas emoções através da Poesia. Desde então até há um ano atrás, a minha Poesia foi uma longa conversa com a gaveta.
O Grupo de Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa de que faço parte, após ter tido conhecimento dos meus escritos, incentivou-me e apoiou-me na sua publicação. O livro foi apresentado pela primeira vez, no dia 19 de maio de 2012, no Diana Bar, na Póvoa de Varzim.
No livro “Para além do Azul “, são várias as temáticas abordadas. Estas oscilam entre a solidão, a saudade, o sentido de perda e de partida, a exaltação dos sentidos, Deus, o Mar, a Paisagem, o cosmos no seu esplendor, a sede de infinito, a elevação do Amor, Fantasia, o meu país…

SMC - Você trabalha com projetos em escolas como é feito este trabalho?
Fátima Veloso - Tenho um projeto de teatro há 15 anos: o Clube de Teatro “O Inventão”. Participei na Mostra de Teatro Escolar, na Póvoa de Varzim, em 2005 com a peça “Vem aí o Circo da Lua” e nesse ano animamos a Feira do Livro, em agosto, na rua, também com esta peça (adaptada do conto “O circo da Lua”, de André Gago). Esta Mostra decorre todos os anos na primeira semana de abril. Em abril de 2014, estaremos de novo na ribalta com uma nova peça.
Com este projeto, animamos a escola em vários momentos do ano letivo para alunos, professores e também encarregados de educação.
O clube também participa em eventos de Poesia fora da escola, quando é convidado.

SMC - Fale-nos um pouco sobre seu livro "Para além do Azul". Que mensagem você quer transmitir para as pessoas através do seu livro?
Fátima Veloso - No livro “Para além do Azul “ , as palavras movem-se, flutuam, segredam… desabafam… nas várias temáticas abordadas. O sujeito poético é um “eu” suspenso que “poetiza” o mundo que o rodeia.
A obra tem uma estrutura própria: entre o 1º e o último poema desenrolam-se desabafos e estados de alma. Estes dois poemas têm a mesma estrutura mas sentidos diferentes; sendo que o 1º poema refere o nosso mundo debaixo deste azul como um mundo de contrastes (Bem /Mal; Dor/Prazer…) Enquanto que o último termina com uma esperança… como se uma vontade surgisse ao poeta de se abrir ao novo… ao caminho da luz…onde a felicidade afinal é possível… Em todos os poemas se fala do Azul.
Debaixo deste céu azul, que é o nosso mundo terreno, tenho a matéria prima para escrever porque é aqui que tudo acontece: momentos felizes, menos felizes, desilusões … Para além deste Azul, fica o meu espaço psicológico, aquele onde eu encontro a Paz e a inspiração para escrever, para criar, para refletir… para sonhar… É “Para além deste Azul” que eu encontro as legendas – as palavras- para as imagens e emoções que vivencio debaixo deste céu que é meu e de todos os que me rodeiam…
Com este livro pretendo levar as minhas emoções e o meu fascínio pela palavra a todos quantos me leem e me ouvem. Todos usamos as palavras para comunicar (e mais do que nunca é necessário quebrar silêncios).
Através dos meus poemas, pretendo mostrar que as palavras dizem coisas, contam segredos… provocam-nos; incendeiam-nos, comovem-nos…, informam-nos… despertam-nos emoções … aprisionam-nos nas suas teias de sentidos, enfeitiçam-nos, entranham-se nos nossos ouvidos, na nossa pele, na nossa alma e uma vez dentro de nós, exercem toda a sua magia e encantamento… As palavras estão vivas … e sabemos que nem todas são bonitas… há palavras que nos magoam, que nos doem … mas todas elas “bonitas e feias” exigem a nossa atenção… exigem-nos reflexão, respostas… ações…
E porque somos um país que escreve, eu pretendo que as minhas palavras de alguma forma contribuam para um mundo melhor.

SMC – Escritora Fátima Veloso, pensas em publicar um novo livro? Fale um pouco sobre seus próximos projetos literários.
Fátima Veloso - Gostaria imensamente de publicar um novo livro, sim, Shirley. Este foi o primeiro livro publicado (há um ano); recentemente participei na Antologia dos Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa e continuo a escrever. Quem sabe um novo rebento literário, surja, novamente, sob as luzes da ribalta.

SMC - De que forma você divulga, hoje, o seu trabalho?
Fátima Veloso - Divulgo, apenas e simplesmente, em duas páginas do facebook:
https://www.facebook.com/fatima.veloso.56 https://www.facebook.com/pages/Para-além-do-Azul/176168955851676?ref=hl
e nas apresentações públicas faço, incluindo feiras do livro, escolas, entre familiares, amigos…

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Fátima Veloso - Na livraria Locus, na Póvoa de Varzim e através dos seguintes endereços:
www.wook.pt
www.bertrand.pt
fatimaveloso@sapo.pt

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Fátima Veloso - São publicados diariamente 40 novos livros, em Portugal. Com tantos novos autores, o mercado fica sufocado. É, por isso, quase impossível, um autor desconhecido singrar num espaço tão exíguo.
Contudo, uma das características mais importantes em qualquer autor que esteja a iniciar a sua carreira deve de ser a perseverança, insistir sempre, e acreditar na liberalização (clandestina) do mercado livreiro, naquelas pequenas editoras independentes, que continuam a apostar em novos autores, fugindo descaradamente à regra cardinal da mera comercialização. A melhoria essencial que posso apontar para este mercado, é a de deixar estes editores proliferarem, deixá-los em paz a fazer o seu bom trabalho, para que assim, também os autores se possam sentir seguros fazendo o deles.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a Escritora Fátima Veloso, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Fátima Veloso - Obrigada mais uma vez, Shirley, pela oportunidade que me foi dada em participar neste projeto.
Aos leitores direi que leiam. Deixem-se envolver no encantamento das palavras e seus sentidos, dos autores consagrados e menos consagrados do nosso país e dos países de expressão de língua portuguesa. Um país que lê, é um país que não esquece as suas raízes, a sua identidade. É um país informado que usa a palavra como arma na procura da justiça, da liberdade, do desenvolvimento... da sua felicidade.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritora Maria Mamede
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Maria Mamede, pseudônimo literário de Maria do Céu Silva Fernandes.
Nasceu em 1947, na aldeia (hoje cidade) de S. Mamede de Infesta.
É membro da Associação Portuguesa de Escritores (APE), desde 1984, onde teve como Padrinhos os Escritores Egipto Gonçalves e Nelson Ferraz.
Criou e participa em várias tertúlias poéticas e tem obra dispersa por revistas e jornais, incluindo Jornais Virtuais e Sites de Poesia nacionais e estrangeiros e ainda, por alguns Blogs Nacionais e Internacionais.
Com mais de 12 livros publicados, a escritora Maria Mamede, em entrevista exclusiva para o projeto Divulga Escritor, conta-nos sobre sua carreira literária, alguns de seus livros e nos dá algumas dicas.

“Penso que uma das soluções possíveis será a proporcionada por este seu projeto, este intercâmbio, que poderá crescer e estender-se a outros Países de Língua Portuguesa, dando a conhecer seus Escritores/as, bem como criando meios para que os livros cheguem a todos, a preços mais acessíveis."

Boa Leitura!

SMC - Maria do Céu Silva Fernandes, hoje, escritora Maria Mamede, é um prazer para nós tê-la conosco no projeto Divulga Escritor, conte-nos porque “Maria Mamede”?
MARIA MAMEDE - Olá Shirley; antes de mais quero agradecer-lhe o convite para esta conversa, agradecimento esse que se estende ao Poeta José Sepúlveda, pois foi através dele que pude conhecê-la e conhecer o Projeto Divulga Escritor, que considero de grande valia para Autores deste e do outro lado do Atlântico, que nos separa e nos une. Muito Obrigada por isso! Escolhi este pseudônimo MARIA MAMEDE, pelo afecto que nutro pela minha terra natal, S. Mamede de Infesta.

SMC - Escritora Maria Mamede, quando iniciou seu gosto pela escrita?
MARIA MAMEDE - Foi acontecendo. Já em muito pequena tentava inventar uns versinhos, para os dizer de cor, porque ainda não sabia escrever; contudo posso afirmar que escrever poesia, embora coisinhas simples , pueris, começou por volta dos 13/14 anos.

SMC - Quando você publicou seu primeiro livro já tinha planos para escrever outros? Como vem sendo planejada sua carreira literária?
MARIA MAMEDE - O meu primeiro livro foi publicado somente em 1977 e o segundo em 1978 e ambos foram edições de autor. Antes disso houve algumas, poucas, publicações em jornais regionais. Ao publicar estes dois livros, era minha intenção ter a possibilidade de vir a ser aceite na Associação Portuguesa de Escritores, o que veio a acontecer em 1984.
Não posso dizer que a minha carreira literária tenha tido, ao longo do tempo, algum plano especial. Apenas procurei “crescer” literariamente, lendo muito e escrevendo muito, nunca ficando satisfeita com o trababalho realizado e tentando sempre ir, ir mais além, experimentando novos desafios poéticos; e por falar em desafios posso dar como exemplo, o repto que um dia me foi lançado por um Amigo. Esse Amigo tinha feito o serviço militar em Timor, terra pela qual ficou apaixonado. Anos depois escreveu uma história de amor passada naquela Ilha e pediu-me para fazer dessa história o “libretto” de uma Ópera… fi-lo e o resultado foi uma alegria imensa!

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritora?
MARIA MAMEDE - De algum modo, todos os livros que li e leio, sejam eles de prosa ou de poesia, ou mesmo de teatro, todos deixam em mim algo: - a beleza de uma imagem poética, de uma paisagem, ou o som especial de alguma palavra, que mais tarde se podem vir a transformar nalgum poema. Dos poetas, homens e mulheres de maior importância na minha vida, escolho - Florbela Espanca, Augusto Gil, António Aleixo, António Nobre, António Gedeão, Pedro Homem de Melo, Miguel Torga, mais tarde Cesário Verde, Casimiro de Abreu, Vinícius de Morais, Fernando Pessoa, Eugênio de Andrade, Cecília Meireles e tantos, tantos outros, maiores ou menores estrelas do céu da Poesia da minha língua Mãe, e alguns/algumas mais, doutras línguas, das poucas que sei, que continuam, cada vez que os/as leio, a surpreender-me, a afagar-me, a inspirar-me e a incentivar-me.

SMC - Conte-nos qual seu objetivo ao publicar o livro “ E por falar em olhos”? Que mensagem você leva através desta maravilhosa obra literária?
MARIA MAMEDE - Este livro foi outro desafio; depois de ter lido o livro “DIBAXU”, do Poeta Argentino Juan Gelman, publicado pelo Amigo e Editor, Jorge Castelo Branco, em três línguas, sefardita, castelhano e português, o mesmo desafiou-me a escrever um livro naquele género, onde, com um mínimo de palavras se faz um poema inteiro, completo de ideias e de sentido. Foi um livro extremamente burilado, mas cujo resultado me deu um imenso prazer.

SMC - Tem um livro que você publicou recentemente chamado “Sensualidades” este livro é indicado para que público? Quais os temas que você aborda nesta obra? O título é muito sensual.
MARIA MAMEDE - Acho que este meu livro “SENSUALIDADES” é, a exemplo de todos os outros, um livro de poemas de Amor. Nele não há erotismo, somente uma doce sensualidade que a vida me foi oferecendo, e que por esse motivo poderá ser lido por jovens e menos jovens, sem qualquer problema e com algum deleite, espero!

SMC - Escritora Maria Mamede, vimos que você já tem um áudio livro “ Por Amor as Palavras” Como foi a publicação deste áudio livro? você o tem impresso? Já tem novos projetos para publicações em áudio livro?
MARIA MAMEDE - O livro “POR AMOR ÀS PALAVRAS” faz parte duma colecção, em que várias poetisas escrevem e também dizem a sua poesia. Assim, a obra é composta por um livro impresso, onde vai incluído um CD, com os mesmos poemas ditos pela autora, sobre fundo musical. Para já não tenho outros projectos do género, embora tenha sido uma experiência que me deu enorme prazer e que gostaria de repetir.

SMC - Onde podemos comprar os seus livros?
MARIA MAMEDE - Os livros estão à venda numa livraria da Cidade do Porto, UNICEPE-Cooperativa Livreira de Estudantes do Porto, CRL. – www.unicepe.pt/ e pode ser comprado online na Editora EDIUM, tal como todos os anteriores. Somente o “SENSUALIDADES” poderá ser encomendado à VERSBRAVA Editora ou adquirido na mesma livraria.

SMC - Que dica você daria para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
MARIA MAMEDE - A mesma que Pedro Homem de Melo me deu um dia, era eu muito jovem… “leiam muito e escrevam muito”!

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
MARIA MAMEDE - Penso que uma das soluções possíveis será a proporcionada por este seu projeto, este intercâmbio, que poderá crescer e estender-se a outros Países de Língua Portuguesa, dando a conhecer seus Escritores/as, bem como criando meios para que os livros cheguem a todos, a preços mais acessíveis. Sei contudo, que o futuro está nos livros digitais; esses sim serão a solução verdadeiramente mais económica. Mesmo assim, e apesar das novas tecnologias, que admiro e uso, quanto a mim nada se compara ao livro impresso, que se compra, se cheira e abraça, se oferece a pretexto de tudo e de nada, e traz consigo a magia e a força das palavras dos autores/as, que são alimento para a alma.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor a Escritora Maria Mamede, que mensagem você deixa para nossos leitores?
MARIA MAMEDE - Eu é que tenho um oceano de agradecimentos para lhe fazer Shirley, pela sua delicadeza e pela beleza desse projecto. Quanto aos leitores, o meu conselho é que leiam, leiam muito, poesia ou prosa, porque, ler faz crescer o Sonho e como dizia Pessoa: - “Sonhar é preciso!”

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Antonio Carlos Santos

Antônio Carlos Santos nasceu em Angola em 1964, tento vindo para Viana do Castelo/ Meadela em 1974, em Portugal. Frequentou a Escola de Santa Maria Maior (antigo Liceu ) onde teve uma participação ativa na Associação de Estudantes e em diversos eventos escolares. Realizou programas radiofónicos em várias rádios locais. Em entrevista exclusiva para o projeto Divulga Escritor o escritor Antônio Carlos conta-nos um pouco sobre sua trajetória literária, seus novos projetos, nos fala de algumas melhorias para o mercado literário em Portugal.
“Pretendo chegar ao publico erudito, como é obvio, mas fazer também chegar a poesia às pessoas que não tenham ainda despertado para a poesia ou seja apresentá-la de forma a “democratizá-la” ao máximo.”

Boa Leitura!

SMC - Escritor Antonio Carlos para nós é uma honra tê-lo conosco no Projeto Divulga Escritor. Vamos começar com uma pergunta que não pode deixar de ser feita, como começou seu gosto pela escrita?
Antônio Carlos - A honra é toda minha Shirley, sendo que é um prazer para mim participar neste projecto. O meu gosto pela escrita vem desde os 17 anos, quando ainda andava no Liceu com as primeiras paixões Cheguei nessa altura a publicar três cadernos de poesia numa pequena edição de autor, mas desde lá tenho escrito sempre para “a gaveta” como de um processo de catarse se tratasse.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor?
Antônio Carlos - Desde já os clássicos como Fernando Pessoa ou Florbela Espanca ou Shophia de Melo Breyner, mas tambem poetas da actualidade como Joaquim Pessoa.

SMC - Você já trabalhou com teatro, chegando a colaborar na fundação do grupo de Teatro Universitário, na Universidade do Minho, qual sua relação com o Teatro? hoje você ainda tem algum projeto voltado para o Teatro? Em que projetos participas atualmente?
Antônio Carlos - Sempre fui muito participativo em actividades paralelas à minha profissão, que não tem absolutamente nada haver com as escritas, pois sou responsável comercial numa pequena cadeia de supermercados Reginal. Desde a minha altura de estudante no Liceu que organizei as festas de fim de ano e Natal em que a componente teatro estava lá. Quando fui para a universidade constatei na altura que a falta de um grupo de Teatro era uma realidade, e dai ter ajudado a criar esta valência na universidade. Também fiz rádio em várias emissoras em que o Teatro esteve sempre presente (neste caso teatro radiofónico claro). Actualmente devido à minha ocupação profissional tenho estado afastado desta actividade.

SMC - Qual o público que você pretende atingir com o seu trabalho?
Antônio Carlos - Pretendo chegar ao publico erudito, como é obvio, mas fazer também chegar a poesia às pessoas que não tenham ainda despertado para a poesia ou seja apresentá-la de forma a “democratizá-la” ao máximo.

SMC - O lançamento de seu livro “Versos de Mel & Fel” esta sendo um sucesso, que temas você aborda através de seus poemas publicados nesta obra?
Antônio Carlos - Nesta obra é abordado o amor e o desamor, e é uma viagem pelos afectos numa abordagem do que eles nos deixam de positivo e negativo.

SMC - Quais são seus novos projetos literários? Conte-nos vem livro novo nos próximos dias?
Antônio Carlos - Agora vamos saborear o nascimento deste filho literário, depois espero coordenar a edição de uma Antologia de poetas de Viana do Castelo, ou seja reunir num livro vários poetas aqui da minha cidade.

SMC - Onde podemos comprar o seu livro?
Antônio Carlos - O livro “Versos de Mel & Fel” estará disponivel nas livrarias aonde a editora conseguir colocar e on line também. Para começar pode ser pedido para compras@versbrava.pt e dentro de um mês haverá uma edição em ebook.

SMC - Escritor Antonio Carlos, que dica você dar para as pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
Antônio Carlos - Seria presunçoso da minha parte, dar indicações para quem vai iniciar, pois eu próprio não tenho uma carreira como escritor e nem considero a escrita como tal. Como em tudo o segredo estará eventualmente na paixão e no sonho e posteriormente na luta.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Antônio Carlos - O mercado português é pequeno, mas de uma grande riqueza literária. O único senão é ser dominado por dois grandes grupos editoriais que concentram várias editoras e inclusivamente o próprio sector livreiro em termos de locais de venda tambem está concentrado em grandes grupos o que obsta o aparecimento de novos valores mas em contrapartida as novas tecnologias permitem uma divulgação mais aprofundada de novos valores através de novos projetos editoriais.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor Antônio Carlos Santos , que mensagem você deixa para nossos leitores?
Antônio Carlos - Leitura de autores que escrevam em Língua Portuguesa ou seja dos paises pertencentes aos PALOPs aonde se encontram grandes valores da literatura Universal por forma a que a cultura destes povos se democratize e permita o seu desenvolvimento e só assim o peso de uma folha ao vento se fará sentir apesar do assomo das ondas do mar…
Grato por me ter dado oportunidade de participar no seu projeto que considero uma lufada de ar fresco no panorama cultural.

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor Jorge Nuno


Nasceu em Coimbra [Portugal]. Cedo mostrou tendência para as Artes e para a Poesia . Atualmente  residi em Bragança é aposentado como docente desde 2011, dedica agora mais tempo aos atos criativos, tanto na pintura como na escrita. Tem usado a escrita criativa de forma distinta, com incursões pelo conto, romance e poesia. Quanto às Artes, os primeiros trabalhos surgiram em 1972, sob a forma de desenho a carvão, passando em 1983 para tinta-da-china e, a partir de 2000, evoluíram para a pintura a óleo, posteriormente com algumas experiências com pastel a seco e óleo, sanguínea e técnicas mistas. Jorge Nuno é membro da Associação Portuguesa de Poetas, da SCALA – Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, da Galeria Aberta Associação e de várias redes sociais dedicadas à poesia e às artes.
Texto cedido pelo autor e adaptado pelo editorial.

SMC - Jorge para nós é um prazer tê-lo conosco. Conte-nos como surgiu o gosto pela escrita e o gosto pela pintura? O que veio primeiro?
Jorge Nuno - O gosto pela escrita e pela pintura surgiram muito cedo. Lembro que ainda adolescente criei uma “revista”, escrita e ilustrada manualmente, que intitulei “Real Kágada”, contendo brejeirices e que enviava para um amigo no Navio-Hospital Gil Eanes, para delícia da tripulação que andava pelos mares da Terra Nova, no apoio à pesca do bacalhau. Na juventude, escrevia poemas que musicava. Como já referi, os primeiros tarabalhos artísticos, dignos desse nome, foram realizados em 1972. Nunca tinha pensado no conteúdo da pergunta, mas concluo que o gosto pela escrita evidenciou-se primeiro.

SMC - O que diferencia a inspiração literária da inspiração artística (pintura)?
Jorge Nuno - Dizia George Bernard Shaw que “A imaginação é o início da criação. Imagina aquilo que deseja, deseja aquilo que imagina, e finalmente cria aquilo que deseja”. Em relação à pergunta, nesta perspetiva, não vejo diferenças. Imaginei o que seria pintar uma mandala, atirei-me ao trabalho sem uma ideia concreta definida e passado algum tempo tinha a tela pronta, agradado com o efeito, mas sem conseguir responder como foram ali parar os elementos que compõem a obra artística. Simplesmente, deixei fluir a imaginação e o ato criativo realizou-se [tenho um poema sobre “O Ato da Criação e a Genialidade” que aborda este assunto]. Desejei uma mandala e ali estava.
Do mesmo modo, entendi que depois de muitos poemas e vários contos, era chegada a hora de escrever um romance. Não é só precisa inspiração, mas também “transpiração”. Escrevi o primeiro terço do livro junto a Lisboa. Como havia muitas solicitações e me dispersava, os dois terços de “As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto” foi escrito na região de Trás-os-Montes, em Bragança, constituindo-se como um ato solitário, porque me isolei da família para o poder escrever serenamente e sem as contantes interrupções anteriores.   

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram a sua formação como escritor?
Jorge Nuno - Com 14, 15, 16 anos já lia clássicos da literatura, como: “Os Irmãos Karamazov”; de Dostoievski; “”Guerra e Paz”, de Leão Tolstoi; “Grandes Esperanças”, de Charles Dickens; “O Vermelho e o Preto”, de Stendhal; “Os Miseráveis”, de Victor Hugo; “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queiroz [que li durante uma noite]; “Esplendores e Misérias das Cortesãs”, de Honoré de Balzac; “Doutor Jivago”, de Boris Pasternak, entre muitos outros. Não tenho dúvidas da importância destes autores na minha forma de encarar o mundo, de crescer como pessoa e mais tarde como escritor.

SMC - O que aborda em seu livro "As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto"? Para quem indica a leitura de seu livro?
Jorge Nuno - Partilho convosco parte do texto elaborado pela Editora, contendo a recensão crítica da obra: Estas "tertúlias" representam uma reflexão sobre a condição humana em tempos conturbados. A verdade desassossega, mas por vezes a sua busca pode ser ainda mais inquietante. Em torno da mesa do café, ou  na associação "Estrela Vermelha", sempre rodeado dos mais próximos, Filó procura as cogitações que podem voltar a instalar a quietude na sua alma. Da solidão máxima da introspeção do seu ego, esta é uma rica demanda que não deixará ninguém indiferente. Entre a solidão dos seus pensamentos e a convivência com a comunidade que o rodeia, Filó procura, num ato de suprema coragem, pensar em tempo de crise juntando o questionamento à ousadia de projetar na sua ação as dores da criação artística.
Entre animadas personagens que contrastam com Filó, saberemos adivinhar as agruras de um Portugal em crise, na especificidade das suas gentes e dos seus viveres [idêntica à vivida por muitos povos em todos os Continentes]. Descobriremos almas atormentadas ora por obstáculos que a vida impõe, ora por obstáculos que a sua própria subjetividade coloca no seu espírito. “As Tertúlias…” constituem-se num romance de escrita prazeirosa que ladrilha um caminho com o qual facilmente nos identificaremos. Um dos personagens é o brasileiro Caetano, de alto astral, que tem uma forte importância no desfecho desta história da atualidade [personagem apreciado por alguns amigos brasileiros que já leram a obra]. Trata-se de um romance do Portugal contemporâneo que não deixará de colocar as mais universais das questões.
Creio que é uma obra dirigida a qualquer público. Se eu li clássicos da literatura universal, com aquela idade, também entendo que os mais jovens podem (e devem) ler este romance e quanto mais cedo melhor, pois está cheio de mensagens de grande utilidade. Creio que será também uma obra de autoajuda e que poderá ser sintetizado na frase de William James: “A grande revolução da nossa geração é a descoberta de que seres humanos, modificando as atitudes interiores das mentes, podem modificar aspetos exteriores das suas vidas”.

SMC - Jorge estou sabendo que está vindo novos projetos, inclusive, o lançamento de um novo livro para o segundo semestre, já tem um titulo para o livro? O que será abordado  neste seu novo projeto literário?
Jorge Nuno - É verdade, trata-se de um livro de poesia. Comecei agora a compilar muitos dos meus trabalhos de poesia para os transformar em livro e fazê-lo chegar às estantes das livrarias e da casa de cada um. Tenho três títulos em mente, mas a ideia do título anda à volta do conceito de “Amanhecer ao Entardecer”, como se desse, aos outros, estímulos para um envelhecimento ativo, tal como a ideia lançada por mim numa Universidade Sénior em Portugal, durante os seus primeiros quatro anos de vida, onde fui professor. Quanto ao conteúdo, aponta para quatro capítulos (podendo ser alterado), onde inclui. “Espiritualidades”;  “Leveza de Escrita”; “Causa Maldita” e “Um Toque de Humor”. Mais uma vez, é um livro cheio de mensagens de forte utilidade.

SMC - Estou curiosa, você comentou em uma de nossas conversas que faz exposições individuais de pintura+poesia, como são estas exposições?
Jorge Nuno - É simples e eficaz: elaboro uma obra de pintura e faço um poema adequado a essa pintura ou, sem ser com essa intenção, que se adapte à pintura (ou vice-versa). Aquando da exposição, junto ambos, poema e pintura e, pelos relatos no meu “Livro de Honra” e comentários pessoais, tem o efeito esperado, ou seja, agradável aos sentidos.

SMC - Acredito ser do interesse de alguns promotores culturais ter sua participação como escritor e pintor,  em alguns eventos literários, que tipo de espaço físico você precisa para viabilizar sua participação nestes eventos? como estas pessoas devem fazer para entrar em contato com você?
Jorge Nuno - O espaço físico depende do número de obras expostas. Já o fiz com 30 obras de pintura e 30 poemas e com 15 obras de pintura e 15 poemas. Umas das questões que se coloca sempre é evitar-se a exposição à luz natural direta e outra questão prende-se com a segurança dos materiais expostos no espaço, por razões óbvias.
Poderei ser contactado através de:

Sítio da Escrita Criativa:
http://jorgenuno.wix.com/letras
Facebook::

www.facebook.com/jorgenuno.art
E-mail:
jorgenuno.art@gmail.com

SMC - Onde podemos adquirir seu livro?
Jorge Nuno - O livro está à venda nas livrarias portuguesas, na própria Pastelaria Studios Editora e nos catálogos on-line de livrarias como: Wook; Bertrand; Book.it, … Basta, no Google, indicar  “As Animadas Tertúlias de Um Homem Inquieto” seguido de uma destas livrarias virtuais portuguesas. [ ISBN: 9789898629258 ]. Portanto, pode ser adquirido em qualquer Continente.
Em julho espero ter o e-Book disponível, a custos mais baixos. Darei essa informação, oportunamente, no meu blogue e no meu sítio da Internet

SMC - Que dica você pode dar às pessoas que estão iniciando carreira como escritor?
Jorge Nuno - Recomendo que façam como eu. Antes de iniciarem a carreira de escritor, tentem documentar-se sobre a própria carreira. “É possível viver-se só da escrita?” perguntava uma minha amiga jovem escritora. Deixo a pergunta no ar. No meu entender, a resposta será diferente para pessoas diferentes. É evidente que aqueles que tiverem as qualidades exigidas a um escritor terão maior hipóteses de sucesso. Pelo sim, pelo não… recomendo a leitura de “Como Não Escrever Um Romance”. Acreditem que esta leitura tem muita utilidade. Mas acreditem, acima de tudo, nas vossas potencialidades, na vossa capacidade criativa e na vossa capacidade de entrega ao projeto que abraçarem, desenvolvendo-o com entusiasmo. O resto virá por acréscimo.

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Jorge Nuno - Escrevi, recentemente, um artigo para a nova revista de poesia “A Chama” , n.º 2, de maio/junho.2013 [como colunista], e o artigo intitula-se “Publicar em tempos de crise?”. Abordo a problemática das pequenas editoras, o mercado livreiro e as dificuldades em publicar, precisamente perante uma crise económica e social que atinge muitos países, incluindo Portugal. Gosto muito de livros, de os manusear em suporte de papel e receio que dentro de pouco tempo seja um produto em vias de extinção. Vingarão, por algum tempo, os e-Book, tal como as editoras discográficas quase que desapareceram para dar lugar a outros negócios relacionados com a música em fomato digital, descarregada através da Internet. As pequenas editoras de livros tenderão a desaparecer, a menos que se lancem no mercado digital, já com uma expansão assinalável, nesta área de negócios, pelas grandes editoras. Também às pequenas editoras não é fácil obter parcerias com as distribuidoras, para colocar o produto nas prateleiras das grandes superfícies, mesmo que o produto literário seja de qualidade. Logo, quem publica através de uma pequena e até média editora vê a sua obra muito condicionada no mercado livreiro. Acredito, por exemplo, na possibilidade de colocar produtos deste tipo no Brasil e do Brasil em Portugal, com vantagem para todos. Basta, como sempre, a adapção de estratégias conjuntas que apontem nesse sentido. Até lá, vai crescendo o mercado literário digital e diminuindo o mercado em formato de papel.

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor/Poeta/Pintor Jorge Nuno. Que mensagem você deixa para nossos leitores?
Jorge Nuno - Deixo a mensagem de um homem que admirei (e continuo a admirar, mesmo depois da sua partida) – Mahatma Gandhi: “Precisamos de nos tornar na mudança que desejamos ver no mundo”. Mas acrescento, para isto, é necessário procurarmos, cada um por si, modificar as atitudes interiores das suas mentes, passando, naturalmente pela leitura e pela reflexão, tendo em vista um melhor autoconhecimento.

Agradeço esta oportunidade de expor a minha obra e algumas das minhas ideias, numa procura de ajudar a construir e viver num mundo melhor

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Jornalista Shirley M. Cavalcante (SMC) entrevista escritor
José Sepúlveda


José Sepúlveda Nascido em Delães, Vila Nova de Famalicão.
Hoje mora em  Póvoa de Varzim – Portugal, ex-funcionário Público,amante da literatura, administrador do grupo Solar de Poetas, no facebook, apoia vários projetos literários, organiza e participa com regularidade em Saraus e Tertúlias.
 Algumas de suas coletâneas: Arca de Quimera, Cantar de Amigo, Exaltação, Intimidades, Auto de Cera Fina, O Canto do Albatroz.
SMC - Grande mestre José Sepúlveda, para nós é uma honra tê-lo conosco no Projeto Divulga Escritor. José conte-nos como começou sua paixão pela escrita?
José Sepúlveda (Sepúlveda) - Quem me dera ser poeta, Shirley.  Comecei a ter contacto com a poesia ainda de tenra idade, quando o meu pai, na sua oficina na de alfaiataria, nos confins da aldeia onde nasci, improvisava com os amigos algumas quadras populares, em forma de cantiga popular.
Quando entrei para o ensino primário, deparei-me com os primeiros poemas do Cancioneiro recolhido por Almeida Garrett:  A Nau Catrineta, A Bela Infanta… Lembro bem a avidez com que lia a Moleirinha ou a Balada da Neve de Augusto Gil; O lavrador da Arada, do  cancioneiro tradicional português.
Depois, com o decorrer dos anos, já no segundo ciclo de ensino, fui a incursão na poesia trovadoresca, com Garcia de Resende e oos mestres de então e a penetração nos malabarismos poéticos que nos ofereciam., entre eles os acrósticos, ainda hoje tão do agrado de muitos poetas.
A partir daí, o gosto pela poesia foi sempre crescendo, começando com as minhas produções tão insípidas pelos doze anos.
Cerca dos dezesseis anos – nessa altura já escrevia poesia de forma mais regular – colaborei num ou noutro jornal ou revista, tendo tido uma coluna num dos semanários poveiros de então.
É por essa altura que surge a primeira coletânea: Musa Perdida.
O período até cerca dos 23  anos foi de grande produção poética. Jazem na Arca de Quimeras (uma arca guarda da religiosamente no sótão) muitas dezenas de manuscritos ainda por tratar .
Foi nesse período que aperfeiçoei a técnica pelos versos de sete sílabas e outras técnicas estruturadas de escrever poesia, sobretudo o soneto.

SMC - Você hoje é uma referência em projetos literários em Portugal, principalmente para os Poveiros, é responsável pela publicação de coletâneas, conte-nos um pouco como foi seu primeiro projeto Literário?
Sepúlveda - Para falar no primeiro projeto literário, teria que recuar aos meus dezoito anos, altura em que com alguns amigos organizamos um pequeno grupo de tertúlia – Convíviu, que se reunia regularmente  nas antigas instalações do Posto de Turismo, na Póvoa. Aí divagávamos sobre poeta e escritores e desenvolvíamos alguns temas de interesse cultural.
Foi por essa altura em que tive contacto com José Régio que com os amigos João Marques e Luís Amaro se reunião aos sábados de tarde no Diana-Bar, hoje, Biblioteca da Praia, em pequenas tertúlias deliciosas, frente ao mar.
É nesse espaço místico que hoje o grupo Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa organiza os seus mais marcantes eventos.
A partir daí, o gosto pela formação de grupos de interesse pela poesia nunca mais desapareceu. Mas reactivou duma forma incontornável em 2011, com a formação do grupo Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa, que se dedica à promoção de saraus e tertúlias,  divulgação de autores escondidos por aí e apoio â publicação dos seus trabalhos, através de parcerias com uma ou outra editora. Esse trabalho é um desafio constante e cria em nós um sentimento de realização pessoal imenso. Apesar do pouco tempo de existência, são já diversas as obras publicadas e as que estão em vias de o ser.

      SMC - Musa Perdida, Kay, Anjo Branco, Pastorinha, Arca de Quimeras , O Canto do Albatroz, ... são alguns de seus trabalhos, em que você se inspira para desenvolver seus trabalhos?
Sepúlveda - Alguns dos temas de inspiração de quem escreve são recorrentes e variados. Mas a  amizade, o amor, o mar são temas usados por quase todos os poetas . Eu não fui diferente . Mas o amor teve e tem sempre um lugar cativo, bem presente, naquilo que escrevi e escrevo. Com excepção de O Canto  do Albatroz, mais generalista , todas as colectâneas mencionadas tem como  pano de fundo o amor e as suas musas.

SMC - Quais são as suas referências literárias? Que autores influenciaram em sua formação como escritor?
Sepúlveda - Na minha juventude tive poetas e escritores que marcaram de forma quase irreparável a minha forma de escrever: Luís de Camões, Antero de Quental, Flor bela Espanca, António Nobre, sonetistas de excelência; mas Fernando Pessoa, essencialmente através do heterónimo Álvaro de Campos, José Régio, Guerra Junqueiro, Miguel Torga, António Gedeão e tantos outros, marcaram-me duma forma muito acentuada, quase irreversível.
Depois, uma incursão curiosa pelos grandes clássicos: Homero, Virgílio, Shakespeare e noutra área, Tolstoi, Gorky.
Há três livros que me deliciaram e marcaram: O Músico  Cego de Vladimir Korolenko; A Aparição, de Virgílio Ferreira; Olhai os Lírios do Campo, de Erico Veríssimo.
Depois, poemas marcantes: O Mostrengo, de Pessoa; o Cântico Negro, de Régio: O Operário em Construção, de Vinícius. Quantos mais!...

SMC - Você criou o Grupo Solar de Poetas, como foi que surgiu a ideia de criar um grupo Literário? Quais os projetos que temos hoje no Solar?
Sepúlveda - A ideia de formar um grupo literário, em que a poesia fosse rainha surgiu logo que tive acesso ao facebook e comecei a mergulhar em alguns dos grupos que então começavam a proliferar no ciberespaço. Daí que a formação do Solar de Poetas surgiu quase de forma natural.
Antes dele, já o Albatroz cantava na sua página – O Canto do Albatroz, através do Blogue que criara e no qual estão publicadas algumas das minhas coletâneas.

SMC -    Quais os principais desafios que encontras como gestor do Grupo Solar de Poetas?
Sepúlveda - Os desafios são sempre grandes. Há uma espécie de sede insaciável que nos empurra e nos leva a cada dia querer mais, novos projetos, novas iniciativas.
Daí, as parcerias que vamos estabelecendo com Rádios, com outros espaços cujo objetivo se identifique com o nosso – divulgar cultura.
Nem sempre é fácil a gestão dum grupo assim, dado a necessidade de presença contínua e do aparecimento de aliciantes que tornem o espaço vivo e atraente. Para isso, o contributo assíduo e dedicado de ilustres administradoras que com carinho dedicam tempo precioso no acompanhamento e comentário dos trabalhos que vão surgindo, num espírito de dedicação que não pode deixar de ser exaltado. A todas elas, as que aqui já deram o seu contributo e as que ainda mantém essa coragem e perseverança de estar presentes, a minha  gratidão.
Daí, a necessidade sistemática de recurso a desafios e eventos, e iniciativas como esta – Divulga Escritor, que veio  valorizar de forma significativa o nosso espaço.

       SMC - Você esta publicando um livro no segundo semestre de 2013, o livro já tem um Titulo? fale-nos um pouco sobre seu livro, como esta sendo os processos para publicação?
Sepúlveda - O livro chamar-se-á Um Céu de Anil e a curiosidade surge pelo facto da maioria dos seus poemas terem  sido escritos no bloco de apontamentos do telemóvel, ao longo dos últimos meses.
 Nele será incluída também uma súmula de poemas inseridos numa ou noutra colectânea.

       SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário em Portugal?
Sepúlveda - Um dos objetivos dos grupos que dirijo – Solar de Poetas e Poetas Poveiros e Amigos da Póvoa, é sem dúvida apoiar e divulgar as obras escritas por autores mais ou menos iniciados e que tem guardado os seus poemas nas gavetas à espera de oportunidade de divulgação.
Acho que o mercado começa a perceber que um autor não terá que escrever, pagar pela impressão das suas obras e ainda por cima ter que ser ele a divulga-las, quase a mendigar a sua compra dos seus livros. Há que alterar todo esse status e cada um dos componentes assumir as suas responsabilidades. Ao autor cabe-lhe e escrever, ao editor editar, o distribuidor distribuir e ao leitor ler. Enquanto não for assim, tudo estará distorcido, Há que mudar mentalidades. Mudar é sempre uma forma de crescer

SMC -    Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação, muito bom conhecer melhor o Escritor José Sepúlveda, que mensagem você deixa para nossos leitores?
Sepúlveda - É para mim um grande privilégio poder participar neste projecto, que providencial e generosamente surge no  ciberespaço e que será., com certeza uma referência que muitos terão como desafio a seguir.
Uma mensagem de confiança para os autores. Os tempos irão mudar.  Surgirá o dia em que cada auto poderá  divulgar as suas criações sem  necessidade de mendigar para que as criações atinjam o seu alvo – o leitor. Quando assim acontecer, poderemos gritar : A Poesia vive, viva a Poesia.
Obrigado, Shirley , pelo teu  empenho na divulgação da poesia e dos seus criadores de sonhos

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